Homem que ateou fogo em manifestantes pró-Israel nos EUA é indiciado por crimes de ódio
Mohamed Sabry Soliman, de 45 anos, foi acusado de diversos crimes com uso de fogo e explosivos

SBT News
com informações da AP
Um homem acusado de atirar coquetéis molotov em um grupo de pessoas durante protesto pró-Israel, em Boulder, no Colorado, foi indiciado por 12 acusações de crimes de ódio. Inicialmente, Mohamed Sabry Soliman respondia a apenas uma acusação em um tribunal federal norte-americano.
Pesam sobre Soliman a tentativa de matar as oito pessoas que ficaram feridas pelos artefatos explosivos em 1º de junho. O suspeito teria escolhido estas pessoas como alvo por terem ligação ou origem com Israel, de acordo com os promotores que atuam no caso.
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Investigadores dizem que o cidadão egípcio pretendia matar ao menos 20 participantes da manifestação no calçadão Pearl Street, mas jogou apenas dois dos 18 coquetéis preparados, enquanto gritava "Palestina Livre".
Soliman, que também está sendo processado em um tribunal estadual por tentativa de homicídio, disse que tentou comprar uma arma, mas não conseguiu pois não era um "cidadão legal". Ele se passou por jardineiro, vestindo um colete de construção, para se aproximar do grupo antes de iniciar o ataque, de acordo com documentos judiciais.
Autoridades federais afirmam que Soliman, está vivendo ilegalmente nos EUA com sua família.
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Em uma audiência na semana passada, o advogado de defesa de Soliman, David Kraut, solicitou a juíza Kathryn Starnella que não permita o prosseguimento do caso, pois, segundo ele, o suposto ataque não foi um crime de ódio. O defensor argumenta que a ação foi motivada pela oposição ao sionismo, movimento que visa estabelecer e sustentar um Estado judeu em Israel. Um ataque motivado pelas opiniões políticas de alguém não é considerado crime de ódio pela lei federal norte-americana.
O Acusado deve comparecer a um tribunal federal nesta sexta-feira (27) para uma audiência na qual será solicitado a se declarar culpado das acusações.
Relembre o caso
No dia 1° de junho deste ano, Mohamed Sabry Soliman atacou com artefatos incendiários uma manifestação pacífica pró-Israel. Ele feriu 15 pessoas com idades entre 25 e 88 anos, além de um cachorro.
Soliman foi acusado formalmente por crime de ódio federal e por tentativa de homicídio. De acordo com a polícia, ele planejava matar os cerca de 20 participantes do protesto, ocorrido no calçadão Pearl Street, em Boulder, enquanto gritava “Palestina livre”.
Agentes do Serviço de Imigração e Controle de Alfândegas dos Estados Unidos (ICE), prenderam a família do suspeito após o atentado e planejavam deportá-los, mas a decisão foi derrubada pelo juiz federal Gordon P. Gallagher. O Magistrado concluiu "a deportação sem o devido processo pode causar danos irreparáveis e que uma ordem deve ser emitida sem aviso prévio, devido à urgência da situação”, escreveu o juiz Gallagher na decisão.
*Com informações Associated Press