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Juiz dos EUA barra deportação da família de egípcio acusado atear fogo em manifestantes pró-Israel

Esposa e filhos de egípcio acusado de lançar coquetéis molotov em protesto no Colorado conseguiram liminar para permanecer nos EUA durante investigação

Imagem da noticia Juiz dos EUA barra deportação da família de egípcio acusado atear fogo em manifestantes pró-Israel
Agressor foi identificado como Mohamed Sabry Soliman | Reprodução
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O juiz federal Gordon P. Gallagher ordenou nesta quarta-feira (4) que o governo dos Estados Unidos suspenda imediatamente o processo de deportação da família de Mohamed Sabry Soliman, egípcio acusado de lançar coquetéis molotov contra manifestantes pró-Israel em Boulder, no Colorado. A decisão atende ao pedido da esposa e dos cinco filhos do suspeito.

Nesta terça-feira (3), agentes do Serviço de Imigração e Controle de Alfândegas dos EUA (ICE) prenderam os familiares de Soliman. A secretária do Departamento de Segurança Interna (DHS), Kristi Noem, informou que a pasta está investigando se os familiares tinham conhecimento prévio ou ofereceram apoio ao ataque. Noem também afirmou que a família está sendo formalmente processada para deportação.

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Segundo o processo movido por Hayam El Gamal, esposa de Soliman, ela e os cinco filhos — incluindo uma filha de 17 anos, dois meninos e duas meninas menores de idade — são todos cidadãos egípcios. Nenhum deles foi acusado formalmente até o momento.

"O tribunal conclui que a deportação sem o devido processo pode causar danos irreparáveis e que uma ordem deve ser emitida sem aviso prévio, devido à urgência da situação”, escreveu o juiz Gallagher na decisão.

Eric Lee, advogado da família, criticou a medida. “A punição de uma criança de quatro anos por algo que seu pai supostamente fez — e que ainda tem presunção de inocência — deveria indignar qualquer americano, independentemente de sua cidadania”, declarou.

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Relembre o caso

Mohamed Sabry Soliman atacou no último domingo (1º), uma manifestação pacífica realizada em homenagem aos reféns israelenses ainda mantidos pelo Hamas na Faixa de Gaza. Ele lançou artefatos incendiários contra o grupo, ferindo 15 pessoas com idades entre 25 e 88 anos, além de um cachorro.

Soliman foi acusado formalmente por crime de ódio federal e por tentativa de homicídio. De acordo com a polícia, ele planejava matar os cerca de 20 participantes do protesto, ocorrido no calçadão Pearl Street, ponto turístico de Boulder. No entanto, lançou apenas dois dos 18 coquetéis molotov que levava, enquanto gritava “Palestina livre”.

O suspeito está detido em uma prisão do condado, com fiança fixada em US$ 10 milhões (cerca de R$ 53 milhões). Sua próxima audiência está marcada para esta quinta-feira (5).

*Com informações Associated Press

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