Homem preso por tentar atacar Trump na Flórida é acusado de tentativa de assassinato
Armado com um fuzil AK-47, Ryan Wesley Routh ficou esperando pelo ex-presidente por 12 horas em um capo de golfe
O Tribunal da Flórida, nos Estados Unidos, acusou Ryan Wesley Routh, de 58 anos, de tentativa de assassinato contra o ex-presidente Donald Trump. A decisão, tomada na terça-feira (24), foi baseada em provas e depoimentos de testemunhas, que viram Routh acampado armado do lado de fora de um dos campos de golfe do republicano.
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A tentativa de ataque aconteceu no dia 15 de setembro. Na data, Routh sabia que Trump estaria no campo de golfe e ficou esperando pelo ex-presidente por 12 horas, conforme a localização de seu celular. Ele estava equipado com um fuzil AK-47, um rifle estilo SKS carregado com uma mira, uma câmera Go-Pro e uma sacola com alimentos.
Apesar da aproximação, Routh não chegou a realizar disparos contra Trump. Isso porque um agente do Serviço Secreto percebeu uma movimentação em um arbusto perto do sexto buraco do campo de golpe. Ao observar um cano de rifle apontado diretamente para o ex-presidente, o agente efetuou disparos contra Routh, que tentou fugir.
O atirador entrou em um carro preto e deu partida. Percebendo a movimentação, uma testemunha conseguiu tirar foto da placa do veículo e enviá-las aos investigadores. Ele foi detido cerca de 40 minutos depois da fuga, em um distrito vizinho.
Ao apurar o caso, os investigadores encontraram documentos que continham uma lista manuscrita de datas e locais onde Trump estaria nos meses de setembro e outubro. Registros do celular de Routh também mostraram que ele esteve perto da Trump Tower, arranha-céu de Trump, bem como da casa do republicano em Mar-a-Lago.
Mais tarde, uma denúncia levou à descoberta de uma caixa com vários pertences de Routh. Entre os itens estava uma carta endereçada a “Querido Mundo”, na qual ele confessou a tentativa de ataque. "Esta foi uma tentativa de assassinato de Donald Trump, mas sinto muito por ter falhado com vocês", diz o texto.
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Segundo o Departamento de Justiça dos Estados Unidos, Routh foi acusado de tentativa de assassinato de um candidato presidencial, posse de arma de fogo em prol de um crime de violência, agressão a um oficial federal, criminoso em posse de arma de fogo e munição e posse de arma de fogo com número de série apagado. Se condenado, Routh enfrenta uma pena máxima de prisão perpétua.
