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Cruz Vermelha suspende operações na Cidade de Gaza enquanto Israel intensifica ataques

CICV também realocou funcionários; ofensiva israelense continua na Faixa de Gaza enquanto Hamas avalia plano de Trump para cessar-fogo na região

Imagem da noticia Cruz Vermelha suspende operações na Cidade de Gaza enquanto Israel intensifica ataques
Mulher palestina caminha em meio a escombros após ataque israelense na Cidade de Gaza | 1º/10/2025/Reuters/Ebrahim Hajjaj
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O Comitê Internacional da Cruz Vermelha disse nesta quarta-feira (1º) que foi forçado a suspender temporariamente as operações na Cidade de Gaza e a realocar funcionários devido à escalada das hostilidades.

"O CICV continuará a se esforçar para prestar apoio aos civis na cidade de Gaza, sempre que as circunstâncias permitirem, a partir de nossos escritórios em Deir al-Balah e Rafah, que permanecem totalmente operacionais", disse em um comunicado.

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Israel segue atacando Gaza

Israel intensificou ações militares na Faixa de Gaza enquanto o grupo palestino Hamas segue analisando proposta do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para cessar-fogo na região.

Aviões e tanques israelenses bombardearam bairros residenciais durante toda a noite, disseram moradores da Cidade de Gaza. As autoridades de saúde locais disseram que pelo menos 35 pessoas em Gaza foram mortas pelos militares nesta quarta, a maioria delas na Cidade de Gaza.

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Um ataque à cidade velha no noroeste da Cidade de Gaza matou sete pessoas, enquanto seis que estavam abrigadas em uma escola em outra parte da cidade foram mortas em um ataque separado, disseram os médicos.

Enquanto isso, os militares israelenses emitiram novas ordens para que as pessoas partissem para o sul e disseram que não permitiriam mais que elas voltassem para o norte, no momento em que a Cidade de Gaza é alvo de bombardeios pesados.

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O ministro da Defesa, Israel Katz, descreveu a medida como "um cerco mais apertado em torno de Gaza, a fim de derrotar o Hamas", dizendo que os palestinos dispostos a partir para o sul teriam que passar por uma verificação do Exército.

"Esta é a última oportunidade para que os residentes de Gaza que desejarem se desloquem para o sul e deixem os agentes do Hamas isolados na própria Cidade de Gaza, diante da continuidade das operações em grande escala da IDF (forças de Israel)", disse Katz.

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ONU diz que é necessária mais ajuda

Mais dois palestinos, incluindo uma criança, morreram de desnutrição e fome em Gaza nas últimas 24 horas, informou o Ministério da Saúde do território nesta quarta, elevando as mortes por essas causas para pelo menos 455 pessoas, incluindo 151 crianças, desde o início da guerra.

A Cidade de Gaza e as áreas vizinhas estão sofrendo com a fome, que provavelmente se espalhará, afligindo mais de meio milhão de palestinos, de acordo com um relatório de agosto do monitor global de fome IPC. Israel, que bloqueou a entrada de todos os alimentos em Gaza por quase três meses este ano, diminuiu as restrições em julho, permitindo a entrada de mais ajuda.

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A Organização das Nações Unidas (ONU) afirma que é necessária muito mais ajuda e que não consegue distribuir suprimentos de forma confiável em Gaza, culpando as restrições militares israelenses aos movimentos e o colapso da lei e da ordem.

Israel diz que não há limite quantitativo para a entrada de alimentos em Gaza e acusa o Hamas de roubar a ajuda, acusações que o grupo militante palestino nega.

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