Brasileiro em flotilha com Greta Thunberg relata perseguição no mar perto de Gaza
Thiago Ávila afirmam que embarcações militares desativaram sistemas de navegação durante a tentativa de entregar ajuda humanitária ao enclave palestino

SBT News
Reuters
O ativista brasileiro Thiago Ávila, a bordo da Flotilha Global Sumud, relatou que "todos os dispositivos de navegação foram desativados" quando o grupo foi cercado por embarcações militares não identificadas antes do amanhecer desta quarta-feira (1º).
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"Seis minutos a circular o nosso barco com toda a nossa equipa em nível máximo de alerta para uma intercepção e depois um ataque, o barco mudou de rumo e foi para o Sirius (outro barco da flotilha), que é o segundo barco na frente da nossa flotilha. Quando chegou ao Sirius, eles fizeram exatamente a mesma coisa. Uma manobra muito perigosa na frente da proa do barco, por milagre também não colidiu com o barco, e então começou a circular o barco também, por um tempo mais longo, por cerca de 15 minutos, até que finalmente se afastou e desapareceu.", disse Ávila em entrevista à agência de notícias Reuters.
A flotilha, formada por mais de 40 barcos civis e cerca de 500 pessoas, entre elas parlamentares, advogados e ativistas — incluindo a militante climática sueca Greta Thunberg — tenta romper o bloqueio imposto por Israel à Faixa de Gaza, território assolado pela guerra.
Segundo a organização, algumas das embarcações militares chegaram a se aproximar dos barcos civis quando eles se dirigiam a uma área de bloqueio naval. Em vídeo publicado no Instagram do movimento, os ativistas acusam uma embarcação israelense de realizar “manobras perigosas”, danificar sistemas de comunicação e depois se afastar.
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Ainda não há confirmação oficial sobre a origem dos barcos militares. As autoridades israelenses não responderam até o momento aos pedidos de comentário.