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Líderes europeus celebram plano de Trump para acabar com guerra em Gaza

Proposta prevê cessar-fogo imediato, libertação de reféns e reconstrução do enclave palestino

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Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, na Casa Branca | Divulgação/governo israelense
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Líderes europeus celebraram o plano do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, para encerrar a guerra contra o Hamas, na Faixa de Gaza. A proposta foi apresentada pelos líderes na segunda-feira (29), após reunião em Washington.

O presidente da França, Emmanuel Macron, foi um dos primeiros a saudar o plano, parabenizando o “compromisso de Trump de pôr fim à guerra e conseguir libertar os reféns israelenses”. Ele disse esperar que Israel adota a proposta com determinação, e que o “Hamas não tem escolha a não ser seguir o plano”.

“Com base nessa proposta, será possível realizar uma discussão aprofundada com todos os parceiros relevantes, a fim de construir uma paz estável e sustentável na região, com base na solução de dois Estados. A França está disposta a contribuir para isso e acompanhará de perto o cumprimento dos compromissos assumidos pelas partes”, disse.

O primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, pediu às autoridades do Hamas e de Israel que “trabalhem com o governo norte-americano para finalizar o acordo e torná-lo realidade”. O mesmo foi dito pelo ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Johann Wadephul, que enfatizou que “tal oportunidade não deve ser desperdiçada”.

O presidente do Conselho Europeu, Antonio Costa, por sua vez, disse se sentir “encorajado” pela resposta positiva de Netanyahu em relação ao acordo de paz. “A situação em Gaza é intolerável. As hostilidades devem acabar e todos os reféns devem ser libertados imediatamente. O povo israelense e palestino merece viver lado a lado, em paz e segurança, livre de violência e terrorismo”, afirmou.

Acordo de paz

O acordo de paz proposto pelo governo norte-americano prevê um cessar-fogo permanente em Gaza e a libertação dos reféns ainda mantidos pelo Hamas, vivos e mortos. Em troca, Israel libertará 250 palestinos condenados e outros 1.700 detidos, além de conceder anistia a integrantes do grupo extremista que se renderem.

A proposta também inclui a desmilitarização de Gaza e a entrada de ajuda humanitária na região, incluindo reabilitação de infraestrutura. Enquanto isso, o enclave palestino será administrado por um governo internacional temporário, chamado de “Conselho da Paz”, chefiado por Trump e outros líderes e ex-chefes de Estado, e formado por palestinos qualificados. O Hamas não terá participação no governo.

Outros pontos do acordo incluem:

  • criação de um plano de desenvolvimento para reconstruir e revitalizar Gaza;
  • estabelecimento de uma zona econômica especial com tarifas preferenciais e taxas de acesso negociadas;
  • garantia de segurança por parceiros regionais, que deverão impedir o Hamas e outras facções de descumprirem os termos do acordo.

+ Netanyahu relembra ataque de 7 de outubro em discurso na ONU

Caso o Hamas concorde com o acordo, a guerra em Gaza chegará ao fim após quase dois anos. Segundo o Ministério da Saúde local, mais de 65 mil pessoas foram mortas até o momento, sobretudo em ataques aéreos. Em partes do enclave, como a Cidade de Gaza, palestinos sofrem com desnutrição grave, devido ao bloqueio parcial da entrada de ajuda humanitária, sendo que muitos já morreram de fome.

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