Gaza registra mais 6 mortes por fome e desnutrição em 24 horas
Novas mortes elevaram para 175 o número de pessoas que morreram por fome na região, incluindo 93 crianças

SBT News
com informações da Reuters
Mais seis pessoas morreram de fome e desnutrição em Gaza nas últimas 24 horas, informou o Ministério da Saúde local neste domingo (3).
As novas mortes elevaram para 175 o número de pessoas que morreram devido ao que as agências humanitárias internacionais dizem que pode ser fome crescente, incluindo 93 crianças, desde o início da guerra, informou o ministério.
Israel disse que permitiu a entrega de combustível em Gaza, que se encontra em meio a um desastre humanitário após quase dois anos de guerra.
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A Al Qahera News TV, afiliada ao Estado egípcio, disse que dois caminhões carregados com 107 toneladas de diesel estavam prontos para entrar em Gaza, meses depois que Israel restringiu severamente o acesso de ajuda à região.
A Cogat, agência militar israelense que coordena a ajuda, afirmou que quatro caminhões-tanque com combustível da ONU haviam entrado para ajudar nas operações de hospitais, padarias, cozinhas públicas e outros serviços essenciais.
Não houve confirmação imediata se os dois caminhões de combustível entraram em Gaza vindos do Egito.
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O Ministério da Saúde de Gaza afirmou que a escassez de combustível prejudicou gravemente os serviços hospitalares, forçando os médicos a se concentrarem no tratamento apenas de pacientes graves ou feridos.
As entregas de combustível têm sido raras desde março, quando Israel restringiu o fluxo de ajuda para o enclave, no que disse ser uma pressão sobre os militantes do Hamas para que libertassem os reféns restantes que fizeram no ataque a Israel em outubro de 2023.
Israel culpa o Hamas pelo sofrimento em Gaza, mas, em resposta a uma crescente revolta internacional, anunciou medidas na semana passada para permitir que mais ajuda chegue à população, incluindo a interrupção dos combates durante parte do dia em algumas áreas, a aprovação de lançamentos aéreos e o anúncio de rotas protegidas para comboios de ajuda.
As agências da ONU afirmam que os lançamentos aéreos são insuficientes e que Israel deve permitir a entrada de muito mais ajuda por terra e abrir o acesso ao território para evitar a fome entre seus 2,2 milhões de habitantes, a maioria dos quais está deslocada em meio a vastas áreas de escombros.
A Cogat disse que, durante a semana passada, mais de 23 mil toneladas de ajuda humanitária em 1.200 caminhões entraram em Gaza, mas que centenas dos caminhões ainda não haviam sido levados aos centros de distribuição de ajuda pela ONU e outras organizações internacionais.
Enquanto isso, a Força Aérea da Bélgica lançou o primeiro de uma série de pacotes de ajuda em Gaza no domingo, em uma operação conjunta com a Jordânia, informou o Ministério da Defesa belga. Na sexta-feira, a França começou a lançar 40 toneladas de ajuda humanitária por via aérea.