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Chefe de gabinete e ministro do Interior da Argentina renunciam aos cargos

As renúncias ocorrem dias após o partido de Javier Milei vencer as eleições legislativas e ampliar sua base no Congresso argentino

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Chefe de Gabinete da Argentina, Guillermo Francos (à direita), e o ministro do Interior, Lisandro Catalán (à esquerda) | Redes Sociais/Reprodução
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O chefe de gabinete da Argentina, Guillermo Francos, e o ministro do Interior, Lisandro Catalán, anunciaram a renúncia de seus cargos nesta sexta-feira (31). Os dois comunicaram a decisão pelas redes sociais, em meio à reorganização do governo do presidente Javier Milei após vitória nas eleições legislativas.

O primeiro a anunciar o afastamento foi Guillermo Francos, que divulgou sua carta de renúncia enquanto Milei jantava com o ex-presidente Mauricio Macri, na residência oficial Quinta de Olivos.

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“Senhor Presidente da Nação, diante dos persistentes rumores sobre mudanças no Gabinete Nacional, apresento minha renúncia ao cargo de Chefe do Gabinete de Ministros, para que o senhor possa receber o novo governo, que se inicia após as eleições nacionais, sem quaisquer restrições”, escreveu Francos pelo X

Francos havia assumido o cargo em maio de 2024, com a missão de fortalecer o diálogo político entre o governo federal e os governadores das províncias.

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Em nota, reconheceu que não conseguiu avançar nos consensos necessários para aprovar as reformas estruturais propostas por Milei.

Ministro do Interior também deixa o cargo

Pouco depois, o ministro do Interior, Lisandro Catalán, aliado próximo de Francos, também anunciou sua renúncia.

“Agradeço profundamente a confiança que o senhor depositou em mim para iniciar uma etapa de diálogo e consenso”, afirmou Catalán ao comunicar sua saída.

O chanceler argentino vinha sendo alvo de críticas de apoiadores de Javier Milei nas semanas que antecederam as eleições.

O descontentamento cresceu em meio a um cenário de desgaste político, marcado por escândalos que envolveram aliados do governo e tensões internas dentro da base libertária.

Catalán havia sido nomeado no início de 2024 com o objetivo de reativar o diálogo político com as províncias argentinas, após derrotas do governo no Congresso.

Eleições fortalecem Milei

As renúncias ocorrem dias após o partido A Liberdade Avança, de Javier Milei, vencer as eleições legislativas, ampliando sua base no Congresso Nacional.

Com 64 cadeiras na Câmara dos Deputados e 13 no Senado, o movimento libertário se consolida como a principal força política da Argentina, tornando mais viável a aprovação das reformas econômicas e sociais propostas pelo governo.

A vitória foi interpretada como uma espécie de referendo popular sobre a gestão de Milei, que entra em seu segundo ano de mandato enfrentando ajustes fiscais e embates com o Congresso.

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