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Caso Epstein: Comissão da Câmara dos EUA divulga mais de 33 mil páginas sobre o bilionário

Entre os materiais, estão pelo menos oito vídeos de supostos interrogatórios policiais com vítimas, gravados entre 2005 e 2006

Imagem da noticia Caso Epstein: Comissão da Câmara dos EUA divulga mais de 33 mil páginas sobre o bilionário
Jeffrey Epstein, empresário acusado de diversos abusos sexuais
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Um comitê da Câmara dos Estados Unidos, controlado pelos republicanos, divulgou nesta terça-feira (2) mais de 33 mil páginas de documentos relacionados ao caso de Jeffrey Epstein, bilionário condenado por crimes sexuais em 2008. Entre os materiais estão, pelo menos, oito vídeos de supostos interrogatórios policiais com vítimas, gravados entre 2005 e 2006.

+ Trump foi informado de que seu nome estava nos arquivos de Epstein, diz jornal

Em uma das gravações, uma jovem, com rosto e nome editados para preservação da identidade, afirma que recebeu US$ 350 por uma massagem quando tinha apenas 17 anos.

“Ele pede para as meninas tirarem a roupa e fazerem uma massagem nele”, declarou a vítima em um vídeo de 17 minutos.

O caso de Epstein, que morreu na prisão em 2019, em circunstâncias registradas como suicídio, continua repercutindo na política norte-americana. As revelações trazem problemas a imagem ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, já que parte de sua base alimenta teorias da conspiração sobre a morte e o envolvimento de figuras públicas com o financista.

+ Trump cede à pressão e manda Departamento de Justiça divulgar depoimentos do caso Epstein

Em julho deste ano, Trump afirmou ter instruído o Departamento de Justiça a divulgar todos os depoimentos do grande júri a respeito de Jeffrey Epstein. A procuradora-geral dos Estados Unidos, Pam Bondi, e seu vice informaram ao presidente, em uma reunião, que o nome dele constava nos arquivos do caso.

Suposta carta de Trump para Epstein

Ainda em julho, uma reportagem do Wall Street Journal afirmou que Trump escreveu uma carta de aniversário a Jeffrey Epstein em 2003. Segundo o jornal, o documento continha uma saudação, além de um desenho de conotação sexual e referências a “segredos maravilhosos”.

+ Cúmplice de Epstein em casos de abuso sexual infantil é transferida para prisão com menos segurança

O presidente negou a acusação e entrou com uma ação no tribunal federal do Distrito Sul da Flórida contra a Dow Jones, a News Corp., Rupert Murdoch e dois repórteres do jornal, acusando-os de difamação.

Trump alegou ainda que eles agiram com intenção maliciosa, o que lhe causou danos financeiros e à sua reputação.

Quem foi Jeffrey Epstein?

Jeffrey Epstein foi um financista que construiu uma rede bilionária enquanto mantinha ligações com figuras poderosas dos Estados Unidos e da Europa. Em 2008, foi condenado a 13 meses de prisão após denúncias de abuso sexual contra uma menor de idade. Mesmo condenado, firmou um acordo judicial controverso que lhe permitia sair da prisão para trabalhar quase todos os dias.

+ Procuradora do caso Epstein é demitida pelo Departamento de Justiça dos EUA

Em 2019, foi preso novamente, dessa vez acusado de tráfico sexual de dezenas de meninas. Menos de um mês após a nova detenção, foi encontrado morto em sua cela. A versão oficial aponta suicídio, mas o episódio gerou desconfiança e diversas teorias da conspiração, dadas as conexões que mantinha com elites políticas e empresariais.

Famosos e políticos sob suspeita

O caso ganhou ainda mais repercussão após a divulgação de trechos dos documentos da investigação, nos quais são citados nomes de celebridades e figuras públicas. Leonardo DiCaprio, Cameron Diaz, Cate Blanchett, Bruce Willis, Kevin Spacey, George Lucas e Naomi Campbell aparecem nos registros, mas até o momento não enfrentam acusações criminais.

Na política, os ex-presidentes Bill Clinton e Donald Trump também são mencionados, embora nenhum dos dois tenha sido formalmente acusado.

+ Caso Epstein: Congresso norte-americano convoca casal Bill e Hillary Clinton para prestar esclarecimentos

No início de agosto, o casal Bill e Hillary Clinton foi convocado para prestar depoimento no Congresso sobre a relação com o bilionário. Segundo o congressista republicano James Comer, Bill Clinton deve comparecer em 14 de outubro, enquanto Hillary foi convocada para o dia 9 do mesmo mês.

O príncipe Andrew, do Reino Unido, respondeu na Justiça por abuso sexual relacionado ao esquema e perdeu seus títulos e funções oficiais dentro da família real.

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