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Brasil deixa aliança para memória do Holocausto; Israel chama decisão de “uma profunda falha moral”

Governo israelense também afirma que postura do Brasil ao ingressar à ofensiva jurídica na Corte Internacional de Justiça é imprudente e vergonhosa

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Federação israelita - Reprodução
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O Ministério das Relações Exteriores de Israel divulgou, nesta quinta-feira (24), uma nota em que critica duramente o governo brasileiro por aderir à ação na Corte Internacional de Justiça (CIJ) que acusa Israel de genocídio na Faixa de Gaza. Na mesma nota, Israel critica também a decisão da diplomacia brasileira de se retirar da Aliança Internacional para a Memória do Holocausto (IHRA), onde atuava como membro observador desde 2021.

"A decisão do Brasil de se juntar à ofensiva jurídica contra Israel na CIJ, ao mesmo tempo em que se retira da IHRA, é uma demonstração de uma profunda falha moral. Numa época em que Israel luta por sua própria existência, voltar-se contra o Estado judeu e abandonar o consenso global contra o antissemitismo é imprudente e vergonhoso", afirma o ministério em nota.

O SBT News procurou o Itamaraty em busca de um posicionamento, mas não obteve resposta até a publicação desta reportagem.

Na quarta-feira (23), o governo brasileiro confirmou que ingressará na ação apresentada pela África do Sul à CIJ, alegando que Israel descumpriu a Convenção do Genocídio durante sua ofensiva militar contra o grupo Hamas na Faixa de Gaza.

O governo cita o agravamento da situação humanitária em Gaza, apontado por mais de 100 organizações internacionais de direitos humanos e assistência humanitária. As ONGs solicitaram que governos tomem medidas urgentes para conter o avanço da fome no território. As entidades também exigem um cessar-fogo permanente e o fim das restrições à entrada de ajuda humanitária na região.

Segundo o Ministério da Saúde de Gaza, quase 60 mil palestinos morreram desde o início dos ataques israelenses, em resposta ao atentado do Hamas em outubro de 2023, que deixou 1.200 mortos em Israel e resultou no sequestro de 251 pessoas.

Nesta quinta-feira, autoridades de saúde de Gaza informaram que mais duas mortes foram registradas em decorrência de fome e desnutrição, elevando para pelo menos 115 o total de vítimas por inanição desde o início do conflito. Israel nega que a escassez de alimentos seja causada por bloqueios impostos por suas forças militares.

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