Ativista brasileiro nega opção de deportação e permanece detido em Israel, afirma governo

O ativista brasileiro Thiago Ávila, de 38 anos, permanece detido em Israel após se recusar a ser deportado de Israel nesta terça-feira (10).

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Segundo o Ministério das Relações Exteriores do Brasil (Itamaraty), ele estava no aeroporto, acompanhado por diplomatas brasileiros, mas se negou a embarcar de volta ao Brasil no momento da deportação.

“Tendo em vista sua recusa em ser imediatamente deportado, o ativista brasileiro foi levado a centro de detenção israelense. A Embaixada do Brasil acompanhou o depoimento de Thiago Ávila à Juíza do Tribunal de Revisão de Detenção e continua a prestar-lhe assistência”, diz um trecho da nota do governo brasileiro.

Com a recusa, Thiago foi levado a um centro de detenção israelense. O ativista integra uma missão humanitária que partiu da Itália rumo à Faixa de Gaza, levando alimentos para a população palestina.

O barco Madleen, onde estavam os voluntários, foi interceptado por forças israelenses em águas internacionais no domingo (8). Desde então, Thiago está detido e, segundo a organização Coalizão da Flotilha da Liberdade, encontra-se em greve de fome e sem acesso à água potável.

O governo brasileiro condenou a abordagem aos ativistas, classificando a ação como uma violação do direito internacional, e cobrou de Israel garantias sobre o bem-estar e a saúde do brasileiro.

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Thiago saiu de Brasília em 22 de maio e se juntou a 11 voluntários de outros países na Itália, incluindo a ativista sueca Greta Thunberg.

Durante o trajeto da missão, Thiago Ávila publicou vídeos com atualizações da viagem, mas interrompeu a comunicação nas redes sociais após a interceptação do barco pelas autoridades israelenses.

O grupo faz parte da Coalizão Flotilha da Liberdade, que atua contra o bloqueio imposto por Israel à Faixa de Gaza Thiago era o único brasileiro entre os participantes. A coalizão informou que quatro ativistas já foram deportados, enquanto oito, incluindo Thiago, seguem detidos.

Greta Thunberg foi deportada nesta terça-feira (10). Segundo o Ministério das Relações Exteriores de Israel, ela embarcou para a França e, de lá, seguirá para a Suécia.