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Suprema Corte da Argentina confirma condenação de Cristina Kirchner por corrupção e a torna inelegível

Ex-presidente argentina foi condenada a seis anos de prisão por corrupção em licitações; por ter mais de 70 anos, pode cumprir pena domiciliar

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A Suprema Corte da Argentina confirmou nesta quinta-feira (10) a condenação da ex-presidente Cristina Kirchner a seis anos de prisão, além de torná-la inelegível em caráter perpétuo. A informação foi divulgada pelo jornal argentino Clarín.

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A condenação — por corrupção em contratos públicos — já havia sido confirmada por duas instâncias da Justiça argentina, mas Kirchner aguardava em liberdade a decisão da última instância, a Suprema Corte. Com 72 anos, ela tem direito a prisão domiciliar, conforme prevê a legislação argentina para pessoas acima de 70.

O Tribunal, composto pelos ministros Horacio Rosatti e Carlos Rosenkrantz (nomeados por Mauricio Macri) e Ricardo Lorenzetti (nomeado por Néstor Kirchner), rejeitou por unanimidade os nove recursos propostos pela defesa da ex-presidente. A Suprema Corte ainda afirmou que os pedidos eram inadmissíveis.

Milei X Cristina Kirncher

O atual presidente argentino, Javier Milei, celebrou a decisão da Suprema Corte em suas redes sociais:

“Justiça. Fim. A República está funcionando e todos os jornalistas corruptos, cúmplices de políticos mentirosos, foram desmascarados em suas operetas sobre o suposto pacto de impunidade”, escreveu no X.

Milei, representante da extrema-direita, representa o polo oposto ao de Cristina, associada ao peronismo de esquerda, com discurso nacionalista, populista e voltado à classe trabalhadora.

Relembre o caso

Cristina Kirchner foi condenada por administração fraudulenta em um esquema que favoreceu um empresário da província de Santa Cruz, reduto político da família Kirchner. O dono da empreiteira venceu 51 licitações durante os mandatos da ex-presidente (2007–2015) e também no período em que ela foi vice de Alberto Fernández.

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Embora tenha sido acusada também de liderar uma organização criminosa, Cristina foi condenada apenas pela primeira acusação. A Promotoria chegou a pedir 12 anos de prisão, estimando um prejuízo de US$ 1 bilhão aos cofres públicos. O julgamento é considerado o maior processo de corrupção da história da Argentina.

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