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Ativista brasileiro deportado por Israel chega ao Rio e denuncia tortura

Nicolas Calabrese tem cidadania argentina e italiana, mas vive no Brasil há mais de 10 anos; ele foi recebido no Galeão com cartazes de apoio à Palestina

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Ativista Nicolas Calabrese, que viajava na delegação brasileira da Flotilha Global Sumud, chega ao Aeroporto Internacional do Galeão, no Rio de Janeiro | Foto: Reprodução - 07.10.2025
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O primeiro ativista da delegação brasileira da Flotilha Global Sumud, organização que tenta levar ajuda humanitária à Faixa de Gaza, chegou ao Rio de Janeiro. Nicolas Calabrese tem cidadania argentina e italiana, mas vive no Brasil há mais de 10 anos.

Nicolas desembarcou no Aeroporto Internacional do Galeão, no Rio de Janeiro, na noite de segunda-feira (6), e foi recebido por ativistas, com cartazes de apoio à Palestina. Ao SBT, ele contou que o grupo foi torturado pelas autoridades israelenses.

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"Tortura psicológica e física, né? Tive os olhos vendados e colocaram um lacre na minha mão", relata. "[Fui] empurrado, chutado, arrancaram os nossos pertences. Quem quisesse falar alguma coisa, o companheiro era deixado no sol, ajoelhado."

O Ministério das Relações Exteriores de Israel nega as acusações de maus-tratos aos integrantes da flotilha humanitária. Em publicação no X (antigo Twitter), a pasta afirmou que "todos os direitos legais dos participantes foram e continuarão a ser totalmente respeitados" e que as denúncias fariam parte de uma "campanha de notícias falsas pré-planejada".

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Segundo o ministério, "o único incidente violento ocorreu com um provocador do Hamas-Sumud, que mordeu uma funcionária da equipe médica da Prisão de Ketsiyot". A pasta não deu detalhes sobre o episódio ou sobre a pessoa que teria cometido esse ato de violência.

A Flotilha Global Sumud é um grupo internacional formado por ativistas, parlamentares e civis de 44 países. Os integrantes da missão partiram em mais de 50 barcos levando alimentos, água potável e suprimentos médicos à população de Gaza.

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Além de Nicolas, 13 ativistas viajaram na embarcação brasileira da flotilha humanitária, interceptada pela Marinha israelense na última quarta-feira (1º). Entre eles, estão o internacionalista e socioambientalista Thiago Ávila e a deputada federal Luizianne Lins (PT-CE). Ambos denunciaram maus-tratos por parte de autoridades israelenses.

Em greve de fome e sede, Thiago relatou que medicações e cuidados médicos têm sido negados aos ativistas e que só voltará a se alimentar e a tomar água depois que os tripulantes receberem medicações essenciais. Já Luizianne falou em "condições degradantes, uso de violência psicológica e falta de tratamento médico adequado", além de audiências judiciais que teriam sido realizadas sem a presença de advogados.

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