Ataque de Israel em campo de refugiados palestinos mata 13 no Líbano
Israel afirma ter mirado militantes em campo de refugiados; Hamas nega e diz que alvo era área esportiva usada por civis

Reuters
Um ataque israelense na cidade de Sidon, no sul do Líbano, deixou 13 mortos e vários feridos nesta terça-feira (18), segundo o Ministério da Saúde libanês.
O bombardeio atingiu a região do campo de refugiados palestinos de Ain al-Hilweh, um dos mais populosos do país.
As Forças Armadas de Israel afirmaram que o alvo era um centro de treinamento de militantes que operariam dentro do campo de refugiados.
Segundo o comunicado, o local estaria sendo usado por integrantes do Hamas para planejar e realizar ataques contra Israel.
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A agência Reuters verificou a localização com base em imagens de satélite, arquitetura e traçado das ruas, confirmando que o ataque ocorreu na área indicada pelos militares.
Em nota, o movimento palestino negou que o local fosse um centro de treinamento e classificou a justificativa israelense como “mentira”:
“As alegações do exército de ocupação sionista são pura invenção. O ataque teve como alvo um campo esportivo aberto usado por moradores do campo”, afirmou o grupo.
O Hamas acrescentou que não há instalações militares dentro dos campos de refugiados palestinos no Líbano.
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Conflito no sul do Líbano
Israel mantém cinco postos militares no território libanês e costuma realizar ataques aéreos no sul do país, alegando atingir alvos ligados ao Hezbollah, grupo apoiado pelo Irã, ou, ocasionalmente, membros do Hamas.
No ano passado, Israel e Hezbollah fecharam um cessar-fogo, que previa retirada total das forças israelenses do Líbano e proibição de que o Hezbollah mantivesse armas no sul do país.
Apesar disso, episódios de violência continuam ocorrendo na região, que vive tensão constante entre grupos armados e o Exército israelense.









