Advogados e promotores concluem seleção de júri para julgamento de Trump em NY
Ex-presidente dos EUA é acusado de mascarar suborno à atriz pornô durante período eleitoral; alegações devem começar na segunda-feira (22)
Os advogados e promotores do julgamento do ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump selecionaram, na quinta-feira (18), as 12 pessoas que farão parte do júri. Agora, as partes deverão escolher os seis suplentes dos jurados – missão que deve ser concluída até o final da semana. Na segunda-feira (22), espera-se o início das alegações.
Trump enfrenta 34 acusações de falsificação de registros empresariais – realizadas para cobrir o suborno à atriz pornô Stormy Daniels. O pagamento de US$ 130 mil foi feito em 2016, em meio a campanha presidencial, pelo então advogado do empresário, Michael Cohen, para que a atriz não revelasse a relação extraconjugal que teve com Trump.
A promotoria afirma que Trump fez o pagamento como se fosse uma despesa ao advogado, o que significa que o ex-presidente escondeu o valor dos registros fiscais. Como o suborno foi feito para impedir que a relação com a atriz atrapalhasse a reta final das eleições, os promotores também defendem que Trump escondeu um gasto de campanha.
Essa é a primeira vez que um ex-presidente dos Estados Unidos é julgado por um caso criminal. Em 2023, Trump declarou-se inocente das acusações, alegando que vem sendo vítima de uma "caça às bruxas" dos democratas para impedi-lo de voltar à Casa Branca. Ele está previsto para disputar as eleições deste ano, marcadas para 5 de novembro
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Para que Trump seja condenado é preciso um veredicto unânime dos 12 jurados, que decidirão se o republicano é culpado ou não das 34 acusações – que podem resultar em até quatro anos de prisão. A previsão é que o julgamento, que acontece em Manhattan, em Nova York, dure entre seis e oito semanas.
Outras acusações
Além do caso envolvendo Stormy Daniels, Trump enfrenta outros três processos criminais, totalizando 91 acusações. Um deles refere-se ao arquivamento de centenas de documentos sigilosos que deveriam ter sido entregues ao Arquivo Nacional; outro à interferência nas eleições federais no condado de Fulton, na Geórgia; e o último em esforços para reverter os resultados das eleições de 2020 – que deram vitória ao presidente Joe Biden.