Argentina investiga primeiro caso suspeito de varíola dos macacos
Paciente foi isolado e começou a receber tratamento adequado para doença
Autoridades sanitárias da Argentina informaram, na noite de domingo (22.mai), que estão investigando o primeiro caso suspeito de varíola dos macacos no país. Segundo o Ministério da Saúde, trata-se de um morador de Buenos Aires, que compareceu a um centro de saúde com sintomas compatíveis aos da doença, como febre e erupções cutâneas.
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Após diagnosticado, o paciente foi isolado para receber o tratamento adequado. Também foram colhidas amostras para diagnóstico etiológico, que estão sendo analisadas no Laboratório Nacional de Referência para auxiliar no acompanhamento e investigação da doença.
De acordo com as autoridades, o infectado tem histórico de viagem à Espanha, entre os dias 28 e 16 maio, país onde outros casos de varíola dos macacos também foram detectados. Até o momento, a Organização Mundial da Saúde (OMS) contabilizada 92 ocorrências da doença e 28 em investigação, sendo que nenhuma morte foi relatada.
Com base nas informações atualmente disponíveis, os casos foram identificados principalmente, mas não exclusivamente, entre homens que fazem sexo com homens que procuram atendimento na atenção primária e nas clínicas de saúde sexual. A organização, no entanto, segue investigando as notificações.
A varíola dos macacos é uma doença silvestre com infecções humanas acidentais. O vírus pertence à família do orthopoxvirus e pode ser transmitido pelo contato com as fezes do animal. O período de incubação é de seis a 13 dias, mas pode ser alterado para cinco a 21 dias.
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Os sintomas incluem febre, dor de cabeça, calafrios, cansaço e erupções cutâneas. Apesar de a varíola dos macacos ser muito mais branda que a varíola em humanos, com a maioria dos infectados se recuperando em poucas semanas, ela pode ser fatal em poucos casos. A OMS recomenda, portanto, que o contato próximo com pessoas infectadas seja evitado.
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