Justiça

"Que amor é esse? Não somos objeto": velório de Tainara tem protestos contra feminicídio

Familiares e amigos da jovem foram ao cemitério para oferecer as últimas homenagens e manifestar pedidos de justiça

Manifestações contra feminicídio marcaram o velório de Tainara Souza Santos, que aconteceu na manhã desta sexta-feira (26), em São Paulo. Família, amigos e pessoas que se sensibilizaram com o caso compareceram ao cemitério para oferecer as últimas homenagens e manifestar pedidos de justiça.

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Em meio a protestos, uma das amigas de Tainara desabafou: "Nós não somos objeto, nós não somos suas roupas, nós não somos seus chinelos. Nós somos mulheres, nós queremos viver!".
"Até quando vamos viver aqui enterrando mães, mulheres batalhadoras? Nós não vamos nos calar. Nós vamos gritar até nos escutar, em qualquer lugar e onde for. Queremos justiça. E qualquer um pode vir que nós estamos preparadas para lutar", continuou.

Outra amiga pediu que as autoridades tomem providências sobre os casos de feminicídio, que bateu recordes em 2025. "Precisamos de leis mais severas, porque hoje foi a Tainara, amanhã pode ser uma de nós. Mas quem 'muda' a lei tá lá em Brasília, tá descansando."

O enterro de Tainara ocorreu às 12h de hoje.

Relembre caso

Tainara estava internada desde 29 de novembro, quando foi atropelada de forma intencional por Douglas Alves da Silva, de 26 anos. Ela ficou presa ao carro e foi arrastada por aproximadamente um quilômetro ao longo da Marginal Tietê. O corpo dela só se desprendeu quando o criminoso passou pela calçada de um posto de gasolina.

A jovem passou por cinco cirurgias, entre amputações e traqueostomia, mas não resistiu a complicações pós-operatórias e morreu depois de 25 dias internada. Tainara tinha 31 anos e deixa dois filhos.

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