Daniel Alves pede liberdade após condenação por estupro e diz: "Não vou fugir, acredito na Justiça"
Ex-jogador ofereceu garantias e passaporte; defesa fala em presunção de inocência até decisão em segunda instância
Derick Toda
A defesa de Daniel Alves durante audiência no Tribunal da Espanha na terça-feira (18) solicitou que o ex-jogador responda em liberdade com medidas cautelares o processo em que foi condenado por estupro contra uma jovem. As informações são do jornal espanhol "El Periódico".
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Como garantia, a advogada do brasileiro, Inés Guardiola, ofereceu fiança 50 mil euros, a apreensão de dois passaportes de Daniel Alves, sendo um da Espanha e outro do Brasil e a presença regular ao Tribunal. Para a defesa, Daniel Alves tem direito à presunção de inocência até que seja julgado pelo Tribunal Supremo de Madrid, o que pode demorar meses ou até mesmo anos.
“Não vou fugir, acredito na Justiça”, disse Daniel Alves.
O Ministério Público da Espanha e a defesa da vítima de estupro, representada por Ester García, afirmaram que as garantias não são suficientes e haveria chances de fuga por parte do jogador.
Quem vai decidir se Daniel Alves vai poder ou não responder o restante do processo de condenação em liberdade provisória, já que cabe recurso em outras instâncias, é a Seção 21 da Justiça de Barcelona.
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Pena baixa
Para o Ministério Público do país e a defesa da vítima, a condenação de 4 anos e seis meses pelo estupro foi considerada baixa. O órgão público pede 9 anos e a defesa da jovem 12 anos de prisão.
Além disso, ambos abriram recurso para que não fosse considerado as ações de redução de dano para o crime que a garota sofreu, como os 150 mil euros pagos por Daniel Alves no início do processo, o que contribuiu para que a pena, em primeira instância, fosse reduzida.
Relembre o caso
Daniel Alves foi preso preventivamente em Barcelona no dia 20 de janeiro de 2023, acusado de ter estuprado uma jovem de 23 anos na boate de luxo Sutton.
Na denúncia, a vítima afirmou que, na noite dos fatos, estava na área VIP da casa noturna com amigas e que o jogador a conduziu a um segundo local, alegando ser outra área VIP. No entanto, ela foi trancada em um banheiro, onde foi agredida e abusada pelo atleta.
Desde o ocorrido, Daniel Alves apresentou cinco versões distintas sobre o incidente, sendo de forma oficial a Justiça ou não, negando o crime em todas elas.
