MP junto ao TCU pede acesso a relatório da PF sobre joias de Bolsonaro
Subprocurador Lucas Furtado enviou ofício ao diretor-geral da Polícia Federal
O subprocurador-geral Lucas Furtado, do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (MPTCU), pediu ao diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Augusto Rodrigues, que lhe envie cópia do relatório conclusivo da investigação da PF sobre o suposto esquema de negociação ilegal, no exterior, de presentes recebidos por Bolsonaro (PL) no cargo de presidente. O objetivo é que o MPTCU avalie a conveniênica e oportunidade de adoção de medidas junto à Corte de Contas.
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O pedido foi feito nesta 2ª feira (14.ago), em ofício enviado por Furtado a Andrei. O subprocurador-geral solicita que o encaminhamento do relatório seja feito em até cinco dias úteis.
"Conforme notícias jornalísticas, suposto relatório da Polícia Federal (PF) teria mostrado possível envolvimento do ex-presidente da República em um esquema de venda de presentes recebidos por delegações estrangeiras, como os conjuntos de joias da Arábia Saudita. Ao que parece, foram essas evidências ensejadoras do pedido ao Supremo Tribunal Federal da quebra de sigilo fiscal e bancário do sr. Jair Bolsonaro", fala Lucas Furtado no ofício.
Nesse contexto, notícias apontam que a investigação da Polícia Federal sobre o suposto esquema de negociação ilegal, no exterior, de presentes recebidos por Jair Bolsonaro (PL) no cargo de presidente da República teria identificado ao menos quatro "conjuntos de bens" ofertados em leilão ou venda direta nos Estados Unidos".
O subprocurador-geral prossegue: Considerando que esses fatos podem afetar processos em tramitação no Tribunal de Contas da União, a exemplo do TC 003.679/2023-3 que se trata de representação que apura indícios de irregularidades relacionadas à tentativa de entrada no país de joias no valor total de 3 milhões de euros; solicito que Vossa Excelência encaminhe em até cinco dias úteis cópia do relatório conclusivo da investigação".
Na 2ª feira também, Lucas Furtado protocolou uma representação para que o TCU decida pela adoção das medidas necessárias a conhecer e avaliar as conclusões da investigação realizada pela PF sobre o suposto esquema de negociação ilegal de presentes.