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Justiça

"Ainda tem muita gente para prender e muita multa para aplicar", diz Moraes

Há dois dias, Moraes prometeu punir cabeças de atos antidemocráticos

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Alexandre de Moraes fala ao microfone, à frente de banner de seminário (Reprodução/YouTube)
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O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, disse nesta 4ª feira (14.dez), sem entrar em detalhes, que ainda há "muita gente para prender e muita multa para aplicar".

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A declaração foi dada no início de um discurso no 4º Seminário STF em Ação, cujo tema foi O Guardião da Constituição e a Harmonia entre os Poderes.

"Eu fiquei feliz com a fala do ministro [Dias] Toffoli, porque comparando os números, ainda tem muita gente para prender e muita multa para aplicar", afirmou Moraes, gerando risos na plateia e sendo aplaudido por pessoas desta. Não fica claro se ele estava se referindo ao Brasil ou aos Estados Unidos, porque o único momento em que Toffoli falou sobre detidos em seu discurso, feito logo antes de magistrado no seminário, foi ao abordar a invasão ao Capitólio.

"Quem imaginava que ia ter uma invasão no Capitólio, 6 de janeiro de 2021. Vejam aqui, dados atualizados sobre os processos da invasão do Capitólio, ministro Alexandre: 964 pessoas já foram detidas, nos 50 estados, e acusados de crimes cometidos desde 6 de janeiro; 465 fizeram acordos se declarando culpados com o Ministério Público. O julgamento dos líderes que não fizeram acordo com a Promotoria já começaram e ocorreram duas condenações por conspiração sediciosa, o mais grave dos crimes cometidos. Penas ainda estão sendo definidas, mas pode chegar a até 20 anos de reclusão para aqueles que não se declaram culpados", pontuou.

Em discurso na cerimônia de diplomação do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e o vice eleito, Geraldo Alckmin (PSB), há dois dias, Moraes prometeu punir cabeças de atos antidemocráticos que atacam urnas eletrônicas e o Judiciário no Brasil. Ainda na 2ª feira, o indígena José Acácio Serere Xavante foi preso por ordem do ministro -- atendendo a um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) --, porque ele teria participado de manifestações de cunho antidemocrático em diversos locais de Brasília.

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