PGR reforça denúncias de corrupção contra Ciro Nogueira
Sub-procuradora geral Lindôra Araújo pede ao STF que dê prosseguimento à ação contra Nogueira e mais seis
A subprocuradora-geral da República Lindôra Araújo enviou parecer ao Supremo Tribunal Federal (STF), na 5ª feira (28.out), no qual reforça as acusações de corrupção passiva e lavagem de dinheiro contra o senador e atual ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira (Progressistas-PI), e mais seis investigados. No parecer, ela rejeita os argumentos dos advogados dos acusados para interromper o andamento da denúncia.
A ação foi instaurada com base em delações premiadas de empresário e diretores da Construtora Odebrecht. De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), que ofereceu a denúncia em fevereiro do ano passado, há provas do recebimento de propina, entre 2014 e 2015, por parte do senador do Progressistas. "As provas reunidas na apuração apontam que o político recebeu do grupo empresarial R$ 7,3 milhões em vantagens indevidas", informa nota do MPF.
Lindôra Araújo ressalta, no parecer, que a denúncia comprova, por meio de documentos diversos, a ocorrência dos crimes, com a participação de doleiros, transportadores, e de manipulação de "senhas, codinomes e outros artifícios". "A denúncia foi suficientemente guarnecida com dados probatórios por meio dos quais se retratou, com elementos autônomos e/ou próprios, a específica esfera dos delitos", afirma a subprocuradora-geral, que pede ao Supremo que receba a denúncia na íntegra.
Além de Ciro Nogueira, também constam da acusação Lourival Ferreira Nery Júnior, Cláudio de Melo Filho, Benedicto Barbosa da Silva Júnior, José de Carvalho Filho, Fernando Migliaccio da Silva e Marcelo Bahia Odebrecht.