Reação atrasada de Fachin e silêncio de Fux causam mal-estar no STF
Sinais trocados da Corte com revelações do general Villas Bôas foram alvos de críticas nos bastidores
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O feriado do Carnaval foi marcado por uma movimentação silenciosa no Supremo Tribunal Federal (STF) em torno das recentes declarações do ex-comandante do Exército general Eduardo Villas Bôas. As principais criticas nos bastidores foram centradas na reação atrasada do ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato, e do silêncio do presidente da Corte, Luiz Fux, diante das provocações relacionadas aos integrantes do STF.
Na 2ª feira (15.fev), Fachin divulgou nota em que classificou como "intolerável e inaceitável qualquer forma ou modo de pressão injurídica sobre o Poder Judiciário". A declaração foi uma resposta a Villas Bôas que, em livro divulgado no final da última semana, afirmou que uma publicação no Twitter feita antes do julgamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2018, passou antes pelo Alto Comando do Exército e tinha o intuito de alertar os ministros.
Nos bastidores, a nota de Fachin foi vista por um lado como mais uma resposta à crise criada anos atrás, que a questão está resolvida e representa página virada. Outro grupo de ministros, entretanto, defende que houve uma demora no posicionamento de Fachin, que foi o relator do habeas corpus de Lula. A crítica é a de que o ministro teria que ter se manifestado durante o julgamento, ainda em abril de 2018. Na época, dos 11 integrantes da Corte, apenas Celso de Mello, hoje aposentado, rebateu a declaração do general.
Na tarde desta 3ª feira (16.fev), o ministro Gilmar Mendes, sem citar diretamente o caso, escreveu que "ao deboche daqueles que deveriam dar o exemplo responda-se com firmeza e senso histórico: Ditadura nunca mais!". Mendes retrucou um novo tuíte de Villas Bôas, que cutucou Fachin. Nele, o general respondeu a uma postagem que citava a primeira nota de Fachin. Villas Bôas ironizou: "Três anos depois", numa clara demonstração de que o relator da Lava-Jato Fachin teria perdido o timing.
Na 2ª feira (15.fev), Fachin divulgou nota em que classificou como "intolerável e inaceitável qualquer forma ou modo de pressão injurídica sobre o Poder Judiciário". A declaração foi uma resposta a Villas Bôas que, em livro divulgado no final da última semana, afirmou que uma publicação no Twitter feita antes do julgamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2018, passou antes pelo Alto Comando do Exército e tinha o intuito de alertar os ministros.
Nos bastidores, a nota de Fachin foi vista por um lado como mais uma resposta à crise criada anos atrás, que a questão está resolvida e representa página virada. Outro grupo de ministros, entretanto, defende que houve uma demora no posicionamento de Fachin, que foi o relator do habeas corpus de Lula. A crítica é a de que o ministro teria que ter se manifestado durante o julgamento, ainda em abril de 2018. Na época, dos 11 integrantes da Corte, apenas Celso de Mello, hoje aposentado, rebateu a declaração do general.
Na tarde desta 3ª feira (16.fev), o ministro Gilmar Mendes, sem citar diretamente o caso, escreveu que "ao deboche daqueles que deveriam dar o exemplo responda-se com firmeza e senso histórico: Ditadura nunca mais!". Mendes retrucou um novo tuíte de Villas Bôas, que cutucou Fachin. Nele, o general respondeu a uma postagem que citava a primeira nota de Fachin. Villas Bôas ironizou: "Três anos depois", numa clara demonstração de que o relator da Lava-Jato Fachin teria perdido o timing.
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