Reprovação de Lula cresce 9 pontos e atinge 34% na cidade de São Paulo, diz Datafolha
Impopularidade do presidente é maior entre evangélicos e eleitores de Ricardo Nunes; aprovação chega a 38%
A popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vem caindo na cidade de São Paulo. Segundo pesquisa do Datafolha, a reprovação do político cresceu 9 pontos em um intervalo de pouco mais de seis meses. Ao todo, 34% dos 1.090 entrevistados avaliaram a gestão do petista como ruim ou péssima, número que, em agosto de 2023, era 25%.
+ Para Lula, Brasil está polarizado entre ele e Bolsonaro, não entre partido
A impopularidade de Lula é maior entre os evangélicos (25% da amostra). Nesse segmento, o índice de ruim/péssimo da gestão do político chega ao patamar de 49%, uma alta de 12 pontos em relação a agosto. A reprovação também disparou entre aqueles que declaram voto no prefeito da capital, Ricardo Nunes (MDB), passando de 31% para 51%.
Já em relação à aprovação, Lula tem 38% dos moradores avaliando o governo como ótimo ou bom, enquanto 28% consideram a gestão regular. Os melhores índices do presidente estão entre eleitores com 60 anos ou mais (45%, que compõem 23% da amostra) e que cursaram até ensino fundamental (47%, são 21% da amostra).
Com os novos números, a aprovação da gestão de Lula em São Paulo se aproxima dos dados da mais recente pesquisa nacional do Datafolha. Em dezembro do ano passado, o chefe de Estado era aprovado por 38% dos brasileiros, enquanto 30% consideravam a gestão regular. Outros 30% defenderam que o atual governo era ruim ou péssimo.
“Estamos aquém do que prometemos”
Em entrevista ao SBT Brasil, Lula comentou sobre as recentes pesquisas de popularidade, que detectaram uma queda na aprovação do presidente – assim como o levantamento do Datafolha. O líder afirmou que não espera maior aprovação da população no momento, já que o governo continua “aquém” do que foi prometido durante as eleições de 2022.
“Eu tenho certeza absoluta que não tem nenhuma razão do povo brasileiro me dar 100% de popularidade porque ainda nós estamos muito aquém daquilo que prometemos. A gente tem de entendê-la [a pesquisa] como uma fotografia em função do momento e utilizá-la como instrumento de ação e de mudança da estratégia de governo”, disse Lula.