Nunes aposta em menor rejeição para ser reeleito em São Paulo; veja destaques da sabatina
Prefeito comentou pesquisa Quaest divulgada nesta terça-feira (30) que o coloca em empate técnico com Boulos e Datena
Ricardo Nunes (MDB), prefeito de São Paulo e pré-candidato à reeleição, apresentou as propostas para a capital paulista e rebateu críticas sobre o atual mandato durante a sabatina realizada pelo SBT News, em parceria com a Rádio Novabrasil, nesta terça-feira (30).
Vice na chapa de Bruno Covas (PSDB), em 2020, Nunes assumiu o executivo paulista após a morte do tucano, em maio de 2021. Apoiado por 11 partidos, incluindo o Partido Liberal (PL), do ex-presidente Jair Bolsonaro, Nunes tem como vice na chapa o coronel da reserva e ex-comandante das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (ROTA), Ricardo Mello Araújo.
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Pesquisa Quaest
Segundo a pesquisa Quaest, divulgada na manhã desta terça (30), Nunes aparece liderando a corrida eleitoral pelo executivo paulista com 20% com leve vantagem das intenções de voto, mas empatado pela margem de erro com Guilherme Boulos (Psol) e José Luiz Datena (PSDB), ambos com 19%.
O prefeito afirmou durante a sabatina que é o menos rejeitado e disse não fazer diferença em que enfrentará, caso vá para o segundo turno.
"Qualquer um que vier nós vamos apresentar o que fizemos pela cidade e vamos ganhar a eleição", concluiu, Nunes.
De acordo com o levantamento, a rejeição de Nunes é de 36%. Datena lidera o índice negativo com 48% e Boulos vem em seguida com 40%.
Empresas de ônibus na mira de operação
Sobre a UPBus e Transwolff, empresas de ônibus que operam na capital paulista suspeitas de estarem vinculadas a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) após operação do Ministério Público, Nunes se defendeu. Apesar de ter sido vice-prefeito de Bruno Covas quando os contratos foram assinados, o atual mandatário disse que assumiu a gestão com acordo vigente e garantiu que o processo de licitação foi fiscalizado e regularizado.
“Eu assumi a gestão com um contrato vigente [...] Mas, se houver a comprovação de que isso acontece (vínculo com organização criminosa), eu serei o primeiro a extinguir o contrato”.
Transporte público e trânsito
Questionado sobre os quase dez milhões de veículos que percorrem a cidade diariamente e a violência no trânsito, Nunes disse que não há nenhuma previsão de redução de velocidade nas pistas. Ele também destacou a ampliação da faixa azul exclusiva para motos, implementada na avenida 23 de Maio, na Bandeirantes e em outros pontos.
Para reduzir o tráfego, o prefeito afirmou que vai desafogar avenidas, incentivando o uso de transporte público com a extensão dos corredores destinados aos coletivos, o corredor Itapecerica, Interlagos, entre outros. No entanto, sobre uma das bandeiras que mais exibe em sua gestão, a manutenção da tarifa de ônibus a R$ 4,40, Nunes não garantiu que manterá o preço nos próximos quatro anos, se eleito.
"Eu sou a favor de reduzir tarifa, mas eu não queria fazer aqui uma ação populista porque isso depende de estudos no fim do ano [...] Não é porque estou no período de eleição que vou fazer algo populista, mas já demonstrei que gosto de reduzir ou manter", diz Nunes.
Programa de metas
No plano de governo proposto no início da gestão, dos 86 objetivos estabelecidos no Programa de Metas, a gestão cumpriu apenas 36, o equivalente a 42% do prometido. O atual mandatário afirmou que o foco das políticas públicas foi alterado por desafios impostos pela pandemia do coronavírus, que obrigaram medidas voltadas na recuperação da economia, do emprego e do combate a fome.
Mesmo sem cumprir metade do que foi proposto, Nunes afirmou que as metas lançadas no início da gestão foram audaciosas e que "vai fazer de novo metas ousadas".
Impostos e pastas de São Paulo
Somente neste ano, São Paulo recebeu mais de 26 bilhões em impostos, segundo o impostômetro. Perguntado sobre o uso da verba pública e se faz sentido manter 27 secretarias e 32 subprefeituras, o atual prefeito respondeu que são necessárias diferentes pastas e administrações regionais devido à complexidade de gerir a cidade de São Paulo.
"Estão pedindo para eu abrir mais secretarias. Nós temos que tratar São Paulo com a dimensão que ela é [...] A estrutura, o funcionário, eu não sei quanto custa, mas eu posso te garantir que se tem secretaria é porque é importante ter".
Em contrapartida, Ricardo Nunes alegou que reduziu serviços estatais, diminuindo custos com a abertura de serviços por empresas privadas, como a concessão da gestão de cemitérios, a iluminação na capital paulista, entre outros.
Acompanhe aqui a íntegra da sabatina com Ricardo Nunes (MDB), prefeito de São Paulo e pré-candidato à reeleição: