Toffoli não pretende suspender liquidação do Master
Interlocutores do ministro afirmam que o cenário é dos piores para os investigados, incluindo a tentativa do Master de fechar negócio com o BRB


Basília Rodrigues
O ministro Dias Toffoli não pretende reverter a decisão do Banco Central de decretar falência do Banco Master.
E, de acordo com interlocutores, já há elementos para os investigados na fraude bancária estimada em R$ 12 bilhões serem denunciados pelo Ministério Público.
A liquidação extrajudicial do Master foi decidida pelo BC, em novembro, por grave problema de liquidez, gestão fraudulenta, e violações de normas.
Interlocutores do ministro afirmam que o cenário é dos piores para os investigados, incluindo a tentativa de fechar negócio com o Banco de Brasília (BRB), o que acabou não acontecendo após reprovação do BC.
Na próxima terça-feira (30), Master, BRB e BC vão prestar depoimento ao juiz auxiliar do gabinete de Toffoli e para uma delegada da Polícia Federal. Na sequência, haverá acareação, o que poderá se estender até quarta-feira (31).
A dinâmica atípica impôs uma série de críticas ao ministro, que ainda administra as repercussões negativas por ter viajado, antes de virar relator do caso, com o advogado de um dos executivos do Master que também é investigado.
Neste sábado (27), Toffoli esclareceu que o BC não é investigado, e que estará na acareação para trazer esclarecimentos.
A acareação será com o dono do Master, Daniel Vorcaro e o ex-presidente do BRB, Paulo Henrique Costa. Terceiro personagem na mesa, o BC será representado pelo diretor de fiscalização Ailton Aquino.
Vorcaro, que chegou a ser preso em novembro pela Operação Compliance Zero mas depois foi solto, informou que irá pessoalmente ao STF. Os outros dois devem participar remotamente. Até esta sexta-feira (26), o STF ainda não havia conseguido localizar o ex-presidente do BRB.









