Economia

Inflação de 2025 volta a ficar abaixo do teto da meta, aponta Focus

Previsão do mercado para o IPCA cai para 4,45% e segue abaixo do limite permitido pelo Conselho Monetário Nacional

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Banco Central: com a projeção atual em 4,45%, o mercado coloca a inflação dentro do limite superior da meta | Divulgação/Marcello Casal Jr./Agência Brasil
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Pela segunda semana seguida, o mercado financeiro projeta que a inflação de 2025 ficará abaixo do teto da meta. Segundo o Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira (24) pelo Banco Central, a previsão para o IPCA caiu para 4,45%, mantendo a tendência de melhora após o resultado de outubro.

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A meta oficial de inflação definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) é de 3%, podendo variar 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.

Na prática, o intervalo permitido vai de 1,5% a 4,5%. Com a projeção atual em 4,45%, o mercado coloca a inflação dentro do limite superior da meta.

A revisão das estimativas ocorre dias após o resultado da inflação de outubro, que ficou em 0,09%, o menor para o mês desde 1998.

Nos últimos 12 meses, o índice acumulado recuou para 4,68%, marcando a primeira vez em oito meses que o IPCA ficou abaixo de 5%.

O Focus mostra ainda que as projeções para 2025 vêm recuando: estavam em 4,56% há quatro semanas, passaram para 4,46% na semana passada e agora chegam a 4,45%. Para os anos seguintes, o mercado prevê 4,18% em 2026 e 3,80% em 2027.

As projeções para o PIB foram mantidas, indicando estabilidade nas expectativas de crescimento: 2,16% em 2025, 1,78% em 2026 e 1,88% em 2027.

Selic

A taxa básica de juros, a Selic, permanece em 15% ao ano, decisão tomada pelo Comitê de Política Monetária (Copom).

O Banco Central reforça que a inflação segue acima do centro da meta, que a economia está desacelerando e que o cenário internacional exige cautela especialmente diante da política monetária dos Estados Unidos.

O Copom também não descarta novas altas se considerar necessário. Segundo o mercado, a Selic deve encerrar 2025 em 15% (estável há 22 semanas), 2026 em 12% e 2027 em 10,50%.

Em cenários de juros altos, o crédito fica mais caro, o consumo diminui, a demanda recua e a inflação tende a cair. Quando os juros caem, ocorre o contrário: crédito mais barato, aumento do consumo e da produção, e aceleração da atividade econômica.

Ainda assim, os bancos também consideram risco de inadimplência e custos próprios ao definir os juros finais ao consumidor.

Câmbio

As projeções para o câmbio seguem estáveis. O mercado espera que o dólar feche 2025 em R$ 5,40, e que fique em R$ 5,50 tanto em 2026 quanto em 2027.

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