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Economia

Haddad diz que prepara alternativas para apresentar a Lula após derrota da MP do IOF

Ministro da Fazenda afirma que governo vai reavaliar cenários e nega aumento de impostos, explicando que medida objetivava "corrigir distorções"

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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad | Divulgação/Diogo Zacarias/MF
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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quinta-feira (9) que vai apresentar várias alternativas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) após a derrubada da medida provisória (MP) de alternativa ao aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). A proposta, vista como uma forma de compensar perdas fiscais, foi rejeitada pela Câmara dos Deputados e representou uma derrota para o governo.

"Nós vamos apresentar, como sempre fiz, vários cenários para o presidente. Não é bom que a área econômica leve uma única proposta. Sempre procuramos abrir possibilidades para que ele possa avaliar a melhor composição de medidas", disse Haddad.

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O ministro negou que o governo planeje aumentar impostos e afirmou que o objetivo da MP era "corrigir distorções" e "cortar gastos tributários", como determina a Constituição.

"Não tem nada a ver com aumento de imposto. Aumento de imposto é elevar alíquotas gerais. O que estamos fazendo é corrigir distorções, fazendo com que quem não paga passe a pagar", explicou.

Haddad afirmou ainda que a medida provisória tinha impacto fiscal pequeno neste ano, devido a uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), mas que o governo vai usar o tempo até o fim do ano para apresentar novas alternativas. Ele destacou que o presidente Lula vai avaliar pessoalmente cada cenário antes de qualquer anúncio.

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"Todas as alternativas vão passar pelo crivo da Presidência da República. Enquanto eu estiver na Fazenda, não haverá vazamento sobre o que está sendo estudado", afirmou.

Durante a entrevista, o ministro criticou o que chamou de "movimentação de forças políticas" contrárias ao ajuste fiscal e associou parte da resistência à medida a grupos econômicos e políticos ligados ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

"As mesmas forças que abriram os cofres em 2022 para tentar garantir a reeleição do Bolsonaro são as mesmas que agora se dizem defensoras da responsabilidade fiscal, para manter privilégios de quem não paga imposto", declarou.

O ministro reafirmou o compromisso do governo em equilibrar as contas públicas sem abrir mão das políticas sociais.

"O presidente Lula não vai abrir mão do equilíbrio fiscal, mas também não vai abrir mão do social. Estamos diminuindo o imposto para 25 milhões de brasileiros que ganham até R$ 5 mil e corrigindo distorções que favorecem quem paga menos do que deveria", concluiu Haddad.
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