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Economia

Datafolha: 59% dos brasileiros preferem trabalhar por conta própria do que ter emprego convencional

Pesquisa mostra crescimento de quem acha melhor ganhar mais do que ter carteira assinada e queda dos que valorizam CLT mesmo com salário menor

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Pesquisa Datafolha mediu percepção de brasileiros sobre diferenças entre empreender e ter emprego tradicional | Freepik
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Pesquisa Datafolha indica que 59% dos brasileiros preferem trabalhar por conta própria, enquanto 39% têm mais inclinação para ter emprego convencional, vinculado a uma empresa.

Desde 2022, o número de pessoas que acham melhor ganhar mais do que ser registrado subiu dez pontos percentuais (p.p.), de 21% para 31%. Já quem valoriza CLT mesmo com salário menor caiu os mesmos dez p.p., de 77% para 67%. Os que declaram não saber representam 2% tanto no levantamento de 2022 quanto no divulgado nessa sexta-feira (20).

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Pesquisa Datafolha sobre esse assunto foi realizada de forma presencial nos dias 10 e 11 de junho, com 2.004 pessoas em 136 municípios. Em 2022, levantamento ouviu 2.026 pessoas em 126 municípios, entre 19 e 20 de dezembro. A margem de erro é de dois pontos percentuais.

A pergunta sobre ser melhor ter emprego convencional, contratado por uma empresa, ou autônomo foi feita pela primeira vez na pesquisa de 2025.

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Preferência por faixa etária, eleitores de Lula ou Bolsonaro: veja outros dados

Eleitores de PT ou PL e identificação com partidos políticos

Pesquisa Datafolha aponta que quem declara simpatia pelo PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, é mais inclinado a trabalhar por conta própria: 66% preferem ser autônomos e 33% veem mais vantagens sendo contratado por empresas.

Já entre os que revelam identificação com PT, partido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, as porcentagens chegam a 55% e 43%, respectivamente.

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O recorte por eleitorado também mostra números semelhantes. Entre eleitores do PT, 73% acham melhor ter vínculo formal. Esse índice cai para 54% entre eleitores do PL.

No grupo de quem avalia o governo Lula como ótimo ou bom, percentual de quem considera importante ser CLT alcança 76%; índice cai para 71% para quem acha gestão regular e 57% na fatia de quem considera o mandato ruim ou péssimo.

Faixa etária

Segundo Datafolha, a preferência por trabalhar por conta própria é maior entre quem tem de 16 a 24 anos: nesse grupo, 68% acham melhor ser autônomo e 29% querem emprego convencional. Na faixa etária de brasileiros com mais de 60, índices são 50% e 45%, respectivamente.

Mais velhos, de fato, priorizam vínculo formal: 68% e 79% dos brasileiros consideram essa opção mais importante nos grupos de quem tem entre 45 e 59 anos e acima de 60, respectivamente.

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Homens e mulheres

A pesquisa identificou que mulheres consideram mais importante trabalhar com carteira assinada, com 71% do total. Entre homens, percentual chega a 62%.

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Escolaridade, renda, aposentados e servidores públicos, católicos e evangélicos

Pessoas que concluíram ensino fundamental são as que mais valorizam emprego CLT, com índice chegando a 75%. Percentual é menor entre trabalhadores com ensino médio (66%) e ensino superior (59%).

Quem ganha menos costuma dar preferência à carteira assinada. No grupo de pessoas que recebem até dois salários mínimos, o percentual de quem acha vínculo formal mais importante é de 72%. Na fatia de quem ganha mais de 10 salários mínimos, esse índice cai para 56%.

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No recorte por ocupação, aposentados (80%) e funcionários públicos (72%) representam os grupos mais favoráveis a emprego com carteira assinada.

No detalhamento por religião, 71% dos católicos preferem trabalho CLT, contra 64% dos evangélicos.

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