Custo da cesta básica sobe em 17 capitais brasileiras em outubro
Levantamento feito pelo Dieese aponta alta no preço da maioria dos produtos; SP lidera ranking de valores
O valor da cesta básica subiu nas 17 capitais pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) em outubro. Segundo os dados, as maiores altas ocorreram nas cidades de Campo Grande (5,10%), Brasília (4,18%), Fortaleza (4,13%), Belo Horizonte (4,09%), Curitiba (4,03%) e Natal (4,01%).
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São Paulo foi a capital onde o valor da cesta básica registrou o maior valor no mês, R$ 805, seguida por Florianópolis (R$ 796) e Porto Alegre (R$ 774). Nas cidades do Norte e do Nordeste, onde a composição da cesta é diferente, os menores valores médios foram verificados em Aracaju (R$ 519), Recife (R$ 548) e Salvador (R$ 5).
A alta no custo da cesta foi influenciada pela elevação no preço da maioria dos produtos, como kg da carne bovina de primeira (que ficou mais caro em todas as capitais), óleo de soja (que também subiu em todas) e café em pó (que aumentou em 16 das 17 cidades). O único item que registrou queda foi a batata, que caiu em oito capitais.
No geral, a comparação dos valores da cesta entre outubro de 2023 e de 2024 mostrou que o custo da cesta básica aumentou em 12 cidades, com destaque para as variações de Campo Grande (9,97%), Brasília (9,77%), Goiânia (9,32%) e São Paulo (9,17%). Entre os cinco locais com retração nos preços, destacam-se Recife (-1,60%) e Fortaleza (-1,17%).
Cesta básica x salário mínimo
Quando comparado o custo da cesta e o salário mínimo líquido, ou seja, após o desconto de 7,5% da Previdência Social, verifica-se que o trabalhador comprometeu, em média, 51% do rendimento para adquirir os produtos alimentícios básicos. O número representa uma pequena queda em relação a outubro de 2023, quando o percentual ficou em 52%.
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Com base na cesta mais cara, o Dieese estima que o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas em outubro deveria ter sido de R$ 6.769,87 ou 4,79 vezes vezes o mínimo de R$ 1.412. No mesmo período do ano passado, quando o piso mínimo era de R$ 1.320, o valor necessário ficou em R$ 6.210,11 ou 4,70 vezes o valor vigente na época.