Economia

BRB afirma que mais de R$ 10 bilhões das carteiras com Master foram recuperadas

Banco Central decretou liquidação extrajudicial da instituição e bloqueou bens de controladores após suspeita de fraude bilionária

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Segundo a PF, estima-se que o BRB tenha adquirido cerca de R$ 12,7 bilhões em créditos falsos | Joédson Alves/Agência Brasil
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Após a repercussão das investigações sobre supostas fraudes envolvendo o Banco Master, o Banco de Brasília (BRB) afirmou nesta sexta-feira (21) que mais de R$ 10 bilhões negociados na carteira do Master foram “liquidados ou substituídos”.

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O banco aparece nas apurações da Polícia Federal (PF) como uma das instituições que teriam adquirido créditos inexistentes, dentro do esquema investigado pela Operação Compliance Zero.

A investigação aponta que o esquema simulava empréstimos fictícios por meio de negociações artificiais entre instituições financeiras, o que dava aparência de legalidade aos créditos comercializados.

Segundo a PF, estima-se que o BRB tenha adquirido cerca de R$ 12,7 bilhões em créditos falsos.

Em nota, o BRB afirmou que continua sólido e que suas carteiras permanecem dentro dos padrões adequados.

Operação da PF

A Operação Compliance Zero, deflagrada nesta segunda-feira (17), revelou um esquema no qual títulos de crédito falsos do Banco Master eram vendidos a outras instituições financeiras e, após fiscalização do Banco Central, substituídos por ativos sem avaliação técnica adequada. A investigação levou à prisão do presidente do banco, Daniel Vorcaro.

De acordo com a Polícia Federal, os títulos fraudulentos eram negociados com outros bancos como se fossem carteiras legítimas.

Quando o Banco Central detectava irregularidades, o Master substituía esses ativos por outros sem análise técnica, prática que teria ocultado prejuízos e criado operações fictícias.

As apurações tiveram início em 2024, a partir de uma representação do Ministério Público Federal (MPF) para investigar a possível fabricação de carteiras de crédito inexistentes por uma instituição financeira.

Logo após o início da operação, o Banco Central determinou a liquidação extrajudicial do Banco Master e da Master Corretora de Câmbio, Títulos e Valores Mobiliários.

A medida incluiu:

  • suspensão dos bens de controladores e ex-administradores;
  • afastamento da atual gestão;
  • interrupção imediata de qualquer negociação de compra em andamento.

Com a liquidação, o Master deixa de operar e passa a ser administrado por um liquidante nomeado pelo BC.

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