Brasil abriu 240 mil vagas de emprego formal em abril, diz Caged
Dados divulgados pelo Ministério do Trabalho apontam região Sudeste como a que mais abre novos postos e a que melhor paga "salários de entrada"
O Brasil abriu 240 mil vagas de emprego formal no mês de abril, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados pelo Ministério do Trabalho nesta quarta-feira (29). Ao todo, foram 2,2 milhões de admitidos, contra 2 milhões de desligamentos.
No comparativo, dados ficam 2% abaixo do saldo de março (244 mil), mas 32% a mais do que na comparação com abril de 2023. O resultado é o melhor para o 4º mês do ano desde o início da série histórica, iniciada em 2020.
Dentro desses novos contratos, o setor de serviços foi o que mais fez admissões: 138 mil. Logo abaixo no ranking, vem indústrias, com 36 mil, e construção, que empregou 32 mil a mais do que demitiu.
Analisando por região geográfica, o Sudeste segue como a que mais emprega. Foram 126 mil novos postos formais de trabalho, 76 mil somente em São Paulo.
Apenas Pernambuco e Alagoas tiveram saldos negativos: desligaram mais do que contrataram com carteira assinada. Respectivamente, perderam 1.103 e 1.607 postos em abril.
Salário médio
No âmbito nacional, o salário médio das admissões foi de R$ 2.126,16 em abril. Comparado ao mês anterior, houve aumento real de R$ 36,96 — uma variação em torno de + 1,77%.
O levantamento também aponta que as maiores remunerações de "entrada" estão nas atividades da indústria de transformação, com R$ 2.285,08, e nos serviços de administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais, chegando a R$ 2.334,23 (variando 1,63%).
A região Sudeste também tem o maior valor de salário médio das contratações: R$ 2.270,30.
Dados sobre desemprego
A taxa de desemprego no Brasil caiu para 7,5% no trimestre de fevereiro a abril, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados também nesta quarta (29). Isso significa que 8,2 milhões de brasileiros estão desempregados, o menor número para este período desde 2014.
Comparada ao trimestre de novembro de 2023 a janeiro de 2024, a taxa de desemprego diminuiu 0,1 ponto percentual. Em relação ao mesmo período do ano passado, a taxa caiu 1 ponto percentual, de 8,5% para 7,5%.