Desemprego cai a 7,5% e atinge 8,2 milhões de brasileiros
Taxa do trimestre encerrado em abril é a menor em 10 anos; número de trabalhadores com carteira assinada é o maior desde 2012
A taxa de desemprego no Brasil caiu a 7,5% no trimestre encerrado em abril (correspondente a fevereiro, março e abril), segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (29). Esse número, que corresponde a 8,2 milhões de brasileiros, é o menor para um trimestre encerrado em abril desde 2014.
Na comparação com o trimestre de novembro de 2023 a janeiro de 2024, o número de desocupados caiu 0,1 ponto percentual (p.p). A taxa é 1 p.p menor que a registrada no mesmo período do ano passado, quando foram contabilizados 8,5% de desocupados.
A população ocupada no Brasil chegou a 100,8 milhões, um crescimento de 2,8% na comparação anual. Isso corresponde a mais 2,8 milhões de postos de trabalho. O número de empregados com carteira de trabalho no setor privado chegou a 38,188 milhões, o maior da série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, iniciada 2012. Houve estabilidade no trimestre e alta de 3,8% – o que corresponde a mais 1,4 milhão – no ano.
Empregados sem carteira no setor privado são 13,6 milhões, o que também é um recorde da série histórica. O número se manteve estável no trimestre, mas cresceu 6,4% – equivalente a mais 813 mil pessoas – no ano.
O número de trabalhadores por conta própria (25,5 milhões de pessoas) ficou estável em ambas as comparações, assim como o número de empregadores (4,2 milhões de pessoas). O número de trabalhadores domésticos (5,9 milhões de pessoas) também não teve variação significativa.
A taxa de informalidade foi de 38,7% da população ocupada (ou 39 milhões de trabalhadores informais), contra 39% no trimestre anterior e 38,9% no mesmo trimestre móvel de 2023.
Crescimento do rendimento real
O rendimento real habitual de todos os trabalhos (R$ 3.151) ficou estável no trimestre, mas cresceu 4,7% no ano.
A massa de rendimento real habitual (R$ 313,1 bilhões) atingiu novo recorde da série histórica iniciada em 2012, subindo 7,9% (mais R$ 23 bilhões) na comparação anual, mas sem variação significativa na comparação trimestral.