Governo quer avançar reforma tributária mesmo sem consenso, diz Guimarães
Líder do governo na Câmara também negou intenção em alterar mudanças do Senado em novas regras fiscais
Lis Cappi
A reforma tributária é uma das prioridades do governo para a próxima semana e será votada mesmo se não houver consenso ao texto apresentado pelo relator, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB). A urgência para o avanço foi reforçada nesta 4ª feira (28.jun), pelo líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE).
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A expectativa entre deputados é de que o texto seja votado na Câmara na primeira semana de julho. Além da proposta, o governo quer votar primeiro a mudança no Conselho de Administração de Recursos Fiscais (Carf) e concluir as aprovações finais das novas regras fiscais.
Segundo Guimarães, as mudanças para as regras fiscais feitas no Senado ao texto da Câmara -- como retirada do fundo constitucional do DF e Fundeb -- não alteram os principais pontos do arcabouço, e não haverá ação do governo para retomar as propostas originais aprovadas na Câmara. Por ter passado por mudanças entre senadores, o texto precisa ser novamente analisado pelos deputados.
Relação entre governo e Congresso
Guimarães defendeu a relação entre governo e Congresso e disse que partidos têm dado apoio às pautas prioritárias. O líder também disse que, mesmo com as articulações de representantes e ministros, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva quer se aproximar do Congresso. Guimarães ainda disse acreditar que a proximidade está em evolução, e que deve ficar "completamente azeitada" no segundo semestre.