"Rivais": Um jogo de sedução com Zendaya no comando de um triângulo amoroso
Filme com música de Caetano Veloso estreia nesta quinta (25/4)
Um triângulo amoroso em um jogo cheio de sedução. "Rivais" estreia nesta quinta com uma trama que mistura a competição de dois amigos dentro das quadras de tênis e fora delas pelo coração da personagem da atriz Zendaya. A música desse filme é um show à parte e tem até Caetano Veloso na trilha sonora.
Foi amor à primeira vista de dois amigos pela mesma mulher. E quem sabe vice-e-versa? Tashi (Zendaya), Art (Mike Faist) e Patrick (Josh O'Connor) se encontram ainda na adolescência nas quadras das grandes competições de tênis. Rivalidade, competitividade, amizade, desejo, ambição, poder e amor se mesclam e acompanham o trio no vai e volta desse enredo, que mistura as fases da vida, mas sempre com o foco nesse triângulo amoroso e com as quadras de pano de fundo.
"As pessoas que assistem a esse filme frequentemente saem com opiniões extraordinárias, fortes e dizem que Tashi é terrível, Patrick é terrível e Art é um herói. Já outras acham que Patrick é um herói, Art é horrível. Eu só queria dar a minha opinião e dizer que acho que todos são falhos, mas todos são lindos, então tenho muita afinidade por eles", contou Josh O'Connor na estreia em Los Angeles.
Essa é uma daquelas histórias que pegam a gente e nos vemos torcendo, tanto para um deles vencer nessas quadras, quanto fora delas.
"Eu encorajaria as pessoas a defenderem os três. E acho, no final das contas, que eles se tratam muito mal, mas estão todos buscando a mesma coisa, que é se reunirem. Todos eles querem aquela sensação que tiveram no início, quando se conheceram e a compreensão de que os três precisam um do outro. Eles precisam ser os três. Então, espero que as pessoas defendam todos os três", diz o ator.
A direção é do italiano Luca Guadagnino ("Me Chame Pelo Seu Nome") que em pouco mais de duas horas de filme nos faz passear entre essa torcida, euforia, tensão e vários outros sentimentos.
"Acho que o segredo foi ter um diretor realmente brilhante para ser honesta. Acho que ele é incrível, visionário e alguém com quem eu queria trabalhar há muito tempo. Então, isso pareceu a melhor coisa para fazermos juntos. Ele tem um entendimento muito profundo das emoções humanas, das pessoas, e sabe simplesmente como deixar os personagens de uma forma que eu realmente aprecio e valorizo. Acho que tudo foi uma verdadeira colaboração", fala a atriz Zendaya.
Nas quadras e na vida
Flashbacks, ressentimentos, controle, enquadramentos diferenciados, ritmo frenético nos jogos de tênis e no jogo da vida. O sangue que ferve, a sede de vencer, dentro e fora das quadras e a vida parece uma grande metáfora de uma partida de tênis.
"Acho que a maior coisa que todos nós percebemos sobre esse jogo em particular é o isolamento. Você está daquele lado da quadra, não há ninguém mais a quem recorrer. Uma grande parte da razão pela qual Justin Kuritzkes começou a escrever esse roteiro foi por causa do que aconteceu com a tenista Serena Williams e uma alegação de que ela estava recebendo instruções de seu técnico durante uma partida, o que é ilegal. Daí essa ideia da necessidade de querer se comunicar desesperadamente com uma pessoa e você não poder, sentir esse isolamento, tudo o que está passando na cabeça de alguém naquele momento. Luca capturou isso com perfeição. Mas realmente, o que mais me chamou a atenção e que ressoou comigo em relação ao personagem, foi essa ideia de um artista que se apaixona e desapaixona pela sua arte que está tão desesperadamente tentando voltar àquela pureza da razão pela qual se apaixonou por aquilo desde o início", revela Mike Faist.
A trama frenética é acompanhada com uma trilha no mesmo ritmo em quase todos os momentos. Hits nostálgicos embalam flashbacks e em uma das cenas mais sensuais, a voz de Caetano Veloso dá o tom: "Pecado", uma de suas músicas em espanhol cai como uma luva à intensidade e ao calor do momento.