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“Ainda Estou Aqui": SBT entrevista Walter Salles, Fernanda Torres e Selton Mello

Filme conquista Hollywood e coloca o Brasil no mapa do Oscar

“Ainda Estou Aqui": SBT entrevista Walter Salles, Fernanda Torres e Selton Mello
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Mais de 20 dias de intensa mobilização marcaram a primeira etapa da campanha de divulgação de "Ainda Estou Aqui", em Hollywood. Liderada por Fernanda Torres e Selton Mello, e também com a presença do diretor Walter Salles, essa é sem dúvida a maior e mais intensa ação realizada para um filme brasileiro nos últimos tempos, com o objetivo de impulsionar a candidatura do longa na categoria de Melhor Filme Internacional no Oscar. E as chances de conseguir uma indicação são enormes.

A última vez que um filme brasileiro concorreu nessa categoria foi em 1999, com "Central do Brasil", também dirigido por Salles.

Mas a campanha vai além: "Ainda Estou Aqui" está escrito para disputar vagas em oito categorias (Melhor Filme, Filme Internacional, Direção, Roteiro Adaptado, Atriz (Fernanda Torres), Ator Coadjuvante (Selton Mello), Fotografia e Montagem) prometendo um feito histórico para o cinema nacional.

Walter Salles contou ao SBT News que “é um prazer voltar a uma campanha, porque eu continuo fiel à família", brinca fazendo relação à mãe e filha, Fernanda Torres e Fernanda Montenegro (que também participou de "Central do Brasil" e foi indicada, inclusive à Melhor Atriz"). “Central” foi elevado por Fernanda Montenegro. Agora, Fernanda Torres e Selton elevaram “Ainda Estou aqui". Estou muito feliz com o fato do filme estar sendo abraçado em vários países e culturas diferentes”.

O diretor revelou, sobretudo, estar feliz com o movimento das pessoas irem às salas de cinema no Brasil. “É tão importante que o cinema seja visto e experimentado coletivamente. E é isso que tem acontecido nas salas brasileiras. A gente estava dizendo há pouco que é como se aquela casa cheia de gente do início do filme, a casa da família Paiva, de alguma forma, se transferiu para cada uma das salas de cinema que vem abraçando o filme. As pessoas nas mídias sociais ficam contando o que aconteceu na sala em que elas viram o filme. E, para a gente, esse é o mais lindo dos prêmios que a gente pode receber, na verdade. Esse é um momento muito especial para a gente".

Durante o mês de novembro aconteceram em Los Angeles diversos eventos para a apresentação do longa e bate-papos com o elenco e com o diretor, principalmente para mostrar a produção para votantes do Oscar. Fernanda, Walter e Selton também participaram de entrevistas para membros do Globo de Ouro, Critics Choice e sindicatos da indústria cinematográfica.

"Nós tivemos o Sean Penn apresentando o filme, porque ele viu duas vezes e ele é para a gente uma referência em todos os campos, tanto do ponto de vista artístico quanto humano e político. Saber que o filme o sensibilizou, acho que para todos nós foi muito importante também. Então, foi uma maneira muito especial de começar a jornada aqui em Los Angeles", disse Salles.

Fernanda Torres nos contou o que a mais sensibilizou nessa jornada de mostrar o filme a públicos tão diversificados: "Eu sinto que, como é um filme sobre família, também normalmente filmes políticos não falam de família, não falam da mãe, não falam dos filhos, não falam da ausência do pai. O que tenho achado bonito em todo o mundo e certamente no Brasil foi ter furado uma espécie de vida binária que o mundo está vivendo, que você é de um lado, você é do outro, e, de repente, as pessoas estão indo ao cinema e todos se reconhecem em uma coisa muito arcaica chamada família, mãe, luto, ausência, injustiça dentro do seio de uma família."

O filme “Ainda Estou Aqui” aparece nas previsões de revistas especializadas sobre os possíveis indicados ao Oscar na categoria de Melhor Filme Internacional. As publicações nesses termômetros ainda adiantam que a produção brasileira pode compor a lista de todas as categorias nas quais está inscrito, tamanho é o sucesso do filme em Hollywood.

“A gente sente uma torcida do Brasil enorme, é claro. Talvez por uma falta de ídolos no esporte, no futebol. O futebol já teve esse lugar, mas não anda muito bem, ultimamente. Então, acho que o filme encarnou na gente um pouco esse espírito de orgulho cívico. Mas é o que o Walter já disse também, e a gente realmente acha que é uma beleza numa época pós-pandemia, onde os cinemas estavam vazios, continuam vazios. É uma luta no mundo inteiro encher de novo uma sala de cinema. Então, a gente vê o nosso filme, um drama, baseado em fatos, enchendo as salas de cinema com filas. A gente está colaborando com a cultura, colaborando com uma injeção de ânimo no nosso cinema brasileiro, que é extraordinário. E isso é bom não só para o nosso filme, mas para os outros que virão. Sobe o sarrafo de público e joga lá para cima o interesse pela nossa língua e pelo o que nós temos para contar, e outros grandes filmes vêm pela frente e vão ser beneficiados por isso", contou Selton Mello.

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