Caso Miguel: madrasta acompanha reconstituição do caso no RS
Menino de 7 anos foi dopado e depois teve o corpo colocado em uma mala e jogado no rio Tramandaí, em Imbé
Primeiro Impacto
Na noite desta 2ªfeira (8.nov), a Polícia Civil realizou a reconstituição da morte do menino Miguel dos Santos Rodrigues, de 7 anos, assassinado pela mãe com ajuda da madrasta, em Imbé, no litoral gaúcho. Crime ocorreu em julho deste ano e corpo da criança, jogado no rio Tramandaí, permanece desaparecido.
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Bruna Porto da Rosa, de 23 anos, madrasta da vítima, foi a única que participou. Yasmin Rodrigues, de 26 anos, optou por não ir e permaneceu presa na Penitenciária Feminina de Guaíba. Segundo a denúncia do Ministério Público, Miguel foi morto pela mãe e pela companheira dela e teve o corpo jogado no rio Tramandaí, no dia 28 de julho. O corpo da criança foi transportado dentro de uma mala e nunca foi encontrado. A motivação, segundo a denúncia, era porque a criança seria um entrave na vida do casal.
Sob forte esquema de segurança, a reprodução simulada do crime teve início às 18h e se estendeu até meia noite. Bruna Rosa prestou um novo depoimento na delegacia e depois foi levada para a pousada onde vivia com a mãe e o menino. Local onde ocorreu o crime. Aos agentes, ela informou que foi Bruna quem colocou o corpo dentro de uma mala. As duas fizeram juntas o trajeto de mais de 2km até o rio. No local, segundo a acusada, ela teria ficado afastada enquanto a mãe jogava a mala na água.
Na véspera do dia da morte, Miguel teve sua cabeça arremessada pela mãe contra uma parede e chegou a quebrar um azulejo com o impacto. Depois, a dupla trancou o menino dentro de um guarda-roupas, deixando-o naquele local, com alimentação insuficiente. Elas deram medicamentos à criança e não prestaram qualquer tipo de socorro, permitindo, assim, que ocasionasse a morte. Além de homicídio e ocultação de cadáver, as duas são acusadas de tortura.
De acordo com a investigação, a mãe e a madrasta submeteram Miguel a intenso sofrimento físico e mental, como castigo pelo fato de a criança buscar carinho, cuidado e atenção.