Estudo aponta que 89,5% das pessoas são favoráveis à vacina contra covid-19
Dados revelam ainda que a hesitação vacinal é observada de forma mais ativa entre os homens
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Um estudo conduzido pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) mostrou que grande parte dos participantes (89,5%) relataram ter a intenção de se imunizar contra a covid-19 através das vacinas. Segundo a fundação, mais da metade do total dos entrevistados (59,6%) tiveram algum membro da família morto ou internado pela doença.
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O levantamento foi realizado entre 22 a 29 de janeiro de 2021, de forma on-line, e contou com a participação de 173.178 voluntários adultos residentes no Brasil. A pesquisa foi desenvolvida pelo Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira da Fiocruz (IFF/Fiocruz).
De acordo com os dados obtidos, a hesitação para se vacinar foi observada em 10,5% do total de pesquisados (18.250). Destes, 6,7% (ou 11.575) apenas concordariam em ser imunizados dependendo da vacina que estava disponível; 2,5% (4.401) não pretendiam ser vacinados, e 1,3% (2.274) estavam inseguros. A hesitação vacinal também foi alta em pessoas que pensaram que a vacina era desnecessária para indivíduos que já tiveram a doença.
Um outro aspecto em relação à hesitação vacinal foi o fato de que, entre os pesquisados, havia interesse em saber qual país a vacina se originava. O país de origem da vacina foi relatado como fator na decisão de vacinação por 33.333 participantes -- sendo que a eficácia da vacina foi relatada como um fator importante na decisão de vacinação por 13.404 dos entrevistados.
Segundo a pesquisa, as vacinas com maior confiança entre os entrevistados foram Covishield (AZD1222, Oxford-AstraZeneca/Fiocruz), com 80,13%, Coronavac (Sinovac Life Sciences, Pequim, China/Butantan Institute), com 76,36%, Pfizer/BioNTech (70,6%), Moderna (59,58%), Sputnik (45,86%) e Covaxin (42,34%). Outros 460 participantes afirmaram ser contra todas as vacinas tradicionalmente usadas.
Homens são mais hesitantes
O levantamento apontou ainda que a hesitação vacinal foi observada de forma mais ativa entre os homens. "Isso é relevante no contexto da Covid-19, uma vez que os homens apresentam maior risco de evolução clínica grave, indicando que as campanhas também devem focar nesse gênero mais hesitante à vacina", reflete a pesquisadora clínica da Unidade de Pacientes Graves (UPG) do IFF/Fiocruz, Daniella Moore.