Veja como está a discussão sobre a liberação do cigarro eletrônico no Brasil
Cristo Redentor do Rio de Janeiro vai ganhar iluminação especial contra uso neste domingo (10)
No próximo domingo (10), o Cristo Redentor vai ganhar iluminação especial em campanha de alerta para os males dos cigarros eletrônicos no Rio. A ação é resultado de uma parceria entre a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT) e o Santuário Arquidiocesano Cristo Redentor. E o objetivo é conscientizar a população sobre os perigos associados ao uso de cigarros eletrônicos, além da importância de mantê-los proibidos no Brasil.
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Regulamentação
Com um alto número de pessoas que consomem cigarros eletrônicos, a falta de regulamentação e o aumento do consumo irregular preocupam as autoridades. O tema chegou ao Congresso Nacional, por meio de um projeto de lei que está em tramitação no Senado, e a Anvisa abriu em dezembro do ano passado uma consulta pública para debater a liberação desses dispositivos no país.
Como os produtos consumidos no Brasil são irregulares, não há controle sobre quais substâncias eles contêm, e nem em quais quantidades.
Desde 2009 no Brasil, resolução da Anvisa proíbe a fabricação, a comercialização, a importação e a propaganda de dispositivos eletrônicos para fumar, popularmente conhecidos como vape.
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No ano de 2022, a diretoria Colegiada da entidade aprovou, por unanimidade, um relatório técnico que indicava a necessidade de se manter a proibição dos dispositivos eletrônicos para fumar e a adoção de medidas adicionais para coibir o comércio irregular desse tipo de produto, além do aumento das ações de fiscalização e a realização de campanhas educativas.
Fora o debate no âmbito da Anvisa, tramita no Senado Federal também o Projeto de Lei (PL) 5008/2023, de autoria da senadora Soraya Thronicke, que permite a produção, importação, exportação e o consumo dos cigarros eletrônicos no Brasil.
Associação Médica Brasileira
Os cigarros eletrônicos chegaram ao mercado com a promessa de serem menos agressivos que o cigarro comum. Entretanto, a Associação Médica Brasileira (AMB) diz que a maioria absoluta dos vapes contém nicotina, uma droga psicoativa responsável pela dependência e que, ao ser inalada, chega ao cérebro entre sete e 19 segundos, liberando substâncias químicas que trazem sensação imediata de prazer.
Ainda de acordo com a associação, o uso de cigarro eletrônico foi associado como fator independente para asma, aumenta a rigidez arterial em voluntários saudáveis, sendo um risco para infarto agudo do miocárdio, da mesma forma que os cigarros tradicionais.