UTI do Hospital da Criança de Brasília registrou surto de bactéria em setembro; entenda
Acinetobacter baumannii foi listada pela OMS como uma das bactérias mais perigosas do mundo; unidade de saúde diz que situação está controlada


Vanessa Vitória
O Hospital da Criança de Brasília José Alencar (HCB) informou que identificou casos de uma superbactéria em pacientes internados em uma das unidades de Terapia Intensiva (UTI), no mês de setembro. Das crianças que passaram por exames realizados pelo Serviço de Controle de Infecção Hospitalar da instituição, 13 testaram positivo para Acinetobacter baumannii.
Doze seguiram assintomáticas, sem indicativos de infecção, e apenas um paciente teve quadro infeccioso, mas foi tratado com antibióticos. De acordo com o hospital, não houve registro de morte em função de contaminação pela bactéria.
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Medidas adotadas pelo Hospital da Criança:
- Bloqueio da UTI;
- Isolamento dos pacientes que testaram positivo e a triagem dos demais;
- Limpeza e desinfecção rigorosas dos ambientes e equipamentos, incluindo a utilização de equipamento de indução eletrostática;
- Reforço nos treinamentos das equipes sobre os protocolos de higienização de mãos e uso correto de EPIs;
- Pacientes colonizados com a bactéria, que poderiam ir para enfermaria foram isolados.
O HCB informou que também realizou a comunicação oficial aos órgãos competentes de fiscalização sanitária e à Secretaria de Saúde do DF (SES-DF) logo que identificou o aumento de casos da bactéria Acinetobacter baumannii na área da UTI.
De acordo com a Secretaria de Saúde, uma inspeção sanitária foi realizada no hospital no dia 16 de setembro. Autoridades constataram que as medidas de controle do surto já estavam implementadas e em andamento na unidade. A pasta disse também que o episódio não ocasionou consequências clínicas ou danos à saúde.
A assessoria de comunicação do Hospital da Criança informou ao SBT News que, no momento, a situação na unidade está sob controle e monitoramento, sem novos casos identificados, e que o HCB adotou todas as medidas recomendadas pela Vigilância Sanitária.
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O HCB também reforçou que não há necessidade de alarde e preocupação por parte da população, já que todas as ações de contenção e controle foram adotadas.
Saiba mais sobre Acinetobacter baumannii
- Não tem um tempo de duração determinado. O próprio organismo consegue combater a bactéria, quando o indivíduo está fora do ambiente hospitalar;
- Caso o paciente evolua de colonizado para a condição de paciente com doença infecciosa, os sintomas, de forma geral, são: febre, calafrios, fadiga, dor e/ou hipotensão;
- Em geral, pacientes que estão apenas colonizados não têm sintomas, que surgem apenas nos casos de infecção;
- Há medidas de controle de infecção, como: higienização das mãos, limpeza do ambiente, uso de equipamentos de proteção individual e isolamento dos pacientes colonizados. Diante disso, os riscos são muito baixos, pois os familiares e profissionais da saúde possuem o sistema imunológico competente para combater o agente;
- Os pacientes imunossuprimidos e com quadros clínicos graves e instáveis são os mais acometidos por bactérias multirresistentes.









