TSE pode cassar senador Jorge Seif (PL-SC) nesta quinta (4)
Parlamentar é acusado de abuso de poder econômico por suposto uso indevido de helicóptero e outros recursos do empresário Luciano Hang na campanha de 2022
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) julga, nesta quinta-fera (4), um recurso que pode resultar na cassação do senador Jorge Seif (PL-SC) por abuso de poder econômico. O parlamentar foi acusado por uma coligação adversária de usar recursos do empresário Luciano Hang, dono das lojas Havan, sem a devida prestação de contas à Justiça Eleitoral.
As acusações partiram da coligação “Bora Trabalhar” (Patriota/PSD/União), do candidato Raimundo Colombo (PSD-SC), segundo colocado na disputa pelo Senado em Santa Catarina, em 2022. Alega-se que o vencedor, Jorge Seif, foi eleito graças ao uso indevido de helicóptero, estrutura física, funcionários e outros recursos das lojas Havan na campanha.
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O senador, que é empresário do setor de pesca industrial e integra a ala mais bolsonarista no Congresso Nacional, foi acusado também de levar vantagem em um financiamento ilegal de propaganda em evento de campanha realizado no município de São João Batista (SC).
TRE-SC rejeitou a ação
A coligação Bora Trabalhar entrou com uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) no Tribunal Regional Eleitoral de Santa Catarina (TRE-SC). A ação abrange os empresários Luciano Hang e Almir Manoel Atanázio dos Santos, então presidente do Sindicato das Indústrias de Calçados de São João Batista.
Após o TRE-SC rejeitar a ação, a coligação Bora Trabalhar recorreu ao TSE. O Ministério Público Eleitoral se manifestou pela procedência da ação. Se condenado, Seif perderá o mandato e ficará oito anos inelegível.
Raimundo Colombo, ex-governador de Santa Catarina, quer ficar com a vaga. Mas, em caso de cassação, o TSE pode determinar novas eleições para o Senado no estado.
Versão de Seif
O senador Jorge Seif publicou, na terça-feira (2), um vídeo no Instagram, se defendendo das acusações. O parlamentar afirmou não acreditar que o Tribunal Superior Eleitoral vai “descumprir a Constituição”. E disse que não cometeu irregularidades na campanha eleitoral.