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Tragédia no RS: altas no Taquari e no Guaíba deixam estado em alerta

Regiões Metropolitana de Porto Alegre e Sul do estado estão inundadas e voluntários se arriscam em meio a força da água para salvar quem ficou para trás

Imagem da noticia Tragédia no RS: altas no Taquari e no Guaíba deixam estado em alerta
Rio Guaíba, usina do gasômetro, em Porto Alegre após chuva intensa | Gilvan Rocha/Agência Brasil
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Em menos de duas semanas, o Rio Taquari voltou a transbordar. Na cidade de Bom Retiro do Sul, também no Vale do Taquari, o trabalho de reconstrução de mais de 40 casas foi perdido com a nova cheia, que teve o pico na manhã desta segunda-feira (13). Parte da cidade, que tem 12 mil habitantes, está intransitável.

"Nós entramos com as nossas máquinas e fazemos a desobstrução. Isso volta tudo novamente. Nós estávamos circulando em todo o município, agora, nós temos que esperar baixar a água e ir lá novamente desobstruir”, afirma Edmilson Busatto, Prefeito de Bom Retiro do Sul.

Em Canoas, na região metropolitana, a prefeitura manteve o pedido para que moradores de sete bairros desocupassem as casas após o agravamento da enchente. Na cidade, a família de Agnes da Silva Vicente, de sete meses, que caiu do barco durante um resgate, confirmou que ela foi encontrada morta. A menina estava desaparecida desde o dia 4 de maio. A irmã gêmea dela está internada.

Em entrevista exclusiva ao apresentador do Chega Mais, Paulo Mathias, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, demonstrou preocupação com os municípios da região Sul do estado.

“São municípios que estão recebendo pela lagoa dos patos toda essa contribuição dessas águas da região metropolitana, até sair pelo mar, antes disso invadindo a região Sul também”, disse o governador.

Em Pelotas, 24 bairros tiveram que ser esvaziados devido à cheia do Canal São Gonçalo. Já em Porto Alegre, o Guaíba amanheceu revolto. O vento sul trouxe fortes ondas à cidade.

Diques provisórios, feitos com sacos de areia e cimento, têm ajudado a impedir o avanço da inundação em algumas áreas. No entanto, o Guaíba também não para de subir. Pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Sul acreditam que, nesta terça-feira (14), as águas batam um novo recorde e alcancem 5,4 metros. Já o governo gaúcho alerta que o Guaíba pode bater a marca de 5,5 metros.

Mesmo com o frio, os resgates não param. “Ainda tem muita gente que não quis sair, é feito um trabalho diário de convencimento. Todos os dias vem várias pessoas, muito menos que antes, pets, cachorros, gatos e outros animais. A gente não pretende parar”, relata o Major Daniel Moreno, sub comandante do batalhão de buscas e salvamento.

Voluntários se arriscam em meio a força da água para salvar quem ficou para trás. A protetora de animais Deise Falc revela que já está há 11 dias trabalhando e reforça que os desafios estão cada vez maiores. “Os olhares amedrontados e pedindo por socorro fazem com que não seja possível voltar para casa, ficar tranquilo e não voltar no outro dia para buscar os outros. É impossível”, confessa.

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