"Ter opinião é diferente de querer eliminar pessoas", diz Silvio Almeida sobre discursos de ódio
Em entrevista ao Perspectivas, ministro falou sobre ações da pasta dos Direitos Humanos e da Cidadania para combater discursos fascistas

Samir Mello
Em entrevista ao Perspectivas, Silvio Almeida, ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, abordou o avanço da extrema direita e de discursos fascistas. Em conversa com a jornalista Nathalia Fruet, detalhou como essas práticas têm crescido em popularidade e revelou as ações do ministério para combatê-las.
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"Há um movimento, sim, de fortalecimento do que a gente chama de extrema direita e discursos fascistas. E podemos discutir muito o que isso significa em termos de propostas anti-imigrantes e racistas, que também querem deixar as pessoas pobres ao seu próprio destino, que falam cada vez mais de um Estado que tem que ser usado para violência, e não para assistir às pessoas que mais precisam", avaliou.
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Como medida para combater esse avanço, Almeida afirmou que o ministério formou um grupo de trabalho constituído por pessoas de formações múltiplas, com várias perspectivas de mundo e especializadas em pensar como enfrentar o discurso de ódio.
"O grupo produziu um relatório com várias recomendações, entre elas, a criação de um site do Ministério dos Direitos Humanos que busca mostrar para as pessoas o que significa ter uma opinião, por mais dura e difícil que seja. Isso é diferente de odiar as pessoas, de querer eliminar a existência das pessoas, de querer dizer que as pessoas não têm o direito de ser ou de existir", disse o ministro.
"Essas pessoas reivindicam a liberdade de agredir as pessoas sem consequência. Isso tem nome, é fascismo", completou.
A entrevista completa com o ministro Silvio Almeida pode ser conferida nesta terça (2), no site e no canal do SBT News no YouTube.