Publicidade

STF devolve à PF inquérito sobre ofensas ao ministro Alexandre de Moraes

Devolução atende pedido da PGR para complementação de investigações

STF devolve à PF inquérito sobre ofensas ao ministro Alexandre de Moraes
Publicidade

O ministro do Supremo Tribunal Federal Dias Toffoli devolveu à Polícia Federal o Inquérito (INQ) 4940, que apura ofensas e agressões sofridas pelo ministro Alexandre de Moraes e pela família dele no aeroporto de Roma, em 2023. A devolução atende pedido da Procuradoria-Geral da República para complementação das investigações.

Segundo a PGR, a Polícia Federal precisa aprofundar a investigação em relação ao possível compartilhamento de um vídeo gravado pelo único celular apreendido. De acordo com a PGR, há indícios de que o conteúdo, além de compartilhado, foi manipulado posteriormente “para retratar um cenário fantasioso”.

O objetivo do aprofundamento das investigações é verificar “a extensão dos agravos produzidos”. A PGR declarou ao STF que a coleta desses elementos de prova é necessária para que o dono do celular seja melhor interrogado sobre o ocorrido.

Sem indiciamentos

A Polícia Federal concluiu e enviou o inquérito ao ministro Dias Toffoli no dia 9 de fevereiro de 2024. No relatório final, a PF declarou que Alexandre de Moraes foi vítima de injúria. Esse crime, caracterizado por mera ofensa à dignidade da vítima, é considerado de menor potencial ofensivo.

+ PF aponta que filho de Moraes foi vítima de injúria em aeroporto na Itália

O delegado Hiroshi de Araújo Sakaki, que assinou o relatório, mencionou uma instrução normativa interna da PF que impede o indiciamento por crime de menor potencial ofensivo. E declarou que a ação penal só seria possível se o fato praticado fora do Brasil constituísse um crime incluído no rol daqueles pelos quais a lei brasileira autoriza a extradição. Injúria está fora dessa lista.

Calúnia e difamação

Para a PGR, há indícios de que as ofensas e agressões sofridas por Moraes no dia 14 de julho de 2023 caracterizam calúnia, um crime mais grave do que injúria. Caluniar alguém, conforme o Código Penal, é atribuir um fato considerado crime. Por exemplo, dizer em público que uma pessoa matou outra, ou que roubou algo. No caso de Moraes, os ‘autores o chamaram de “fraudador de urnas”, “fraudador das eleições" e "ministro bandido que fraudou as eleições".

“A falsa imputação da conduta criminosa ao ministro foi realizada pelos investigados de maneira pública e vexatória. É claro o objetivo de constranger e, acaso, até de provocar reação dramática, tudo a ser registrado em vídeo e compartilhado”, analisou a PGR

A PGR apontou também o crime de difamação. Enquanto a injúria é uma ofensa dirigida, olho no olho, podendo ser praticada até mesmo entre quatro paredes, a difamação é necessariamente um xingamento público. Para a PGR, a difamação contra Moraes caracterizou-se pelos xingamentos de “bandido", "comprado", "comunista" e "ladrão”.

“Esses mesmos senhores dirigiram, ainda, a Alexandre Barci de Moraes essas palavras agressivas: ‘filho do ministro que roubou as eleições’, assinalou a PGR, em relação à abordagem dos autores ao filho do ministro.

Na avaliação da PGR, os crimes foram praticados de forma qualificada por dois motivos: tiveram como vítima um funcionário público e foram propagados pela internet.

Publicidade
Publicidade

Assuntos relacionados

Alexandre de Moraes
STF
Itália
Roma
Aeroporto
Crime

Últimas notícias

Mulher é mantida em cárcere privado por homem que conheceu por aplicativo

Mulher é mantida em cárcere privado por homem que conheceu por aplicativo

Ele se apresentou como pastor evangélico para a vítima; mulher é de Olinda (PE), e foi até Taguatinga (DF) para encontrá-lo
Emilia Correa tem 52,6% e Luiz Roberto 37% pela prefeitura de Aracaju, diz Paraná Pesquisas

Emilia Correa tem 52,6% e Luiz Roberto 37% pela prefeitura de Aracaju, diz Paraná Pesquisas

No levantamento anterior feito pelo instituto, Emilia Correa estava com 53,5% e Luiz Roberto 36,6%
Ministério da Justiça assina portaria de demarcação de sete terras indígenas em São Paulo

Ministério da Justiça assina portaria de demarcação de sete terras indígenas em São Paulo

Mais de 18 mil hectares foram destinados a povos indígenas de São Paulo; quase mil pessoas devem sem contempladas com decisão
Operação policial tem um morto, dois baleados e avenida Brasil fechada no Rio

Operação policial tem um morto, dois baleados e avenida Brasil fechada no Rio

Tiroteio foi registrado na altura da Cidade Alta; polícia busca criminosos no Complexo de Israel
“Fada do Bumbum” é acusada de fazer procedimentos estéticos ilegalmente

“Fada do Bumbum” é acusada de fazer procedimentos estéticos ilegalmente

Rosana Caldas acumula milhares de seguidores nas redes sociais e fazia harmonização glútea; defesa alega inocência
Megaoperação da Polícia Federal mira venda de decisões judiciais e afasta servidores no Mato Grosso do Sul

Megaoperação da Polícia Federal mira venda de decisões judiciais e afasta servidores no Mato Grosso do Sul

Força-tarefa Ultima Ratio mobilizou 220 policiais para cumprimento de 44 mandados de busca e apreensão
Criança de 3 anos com síndrome rara é abandonada pelo pai em ônibus no RS

Criança de 3 anos com síndrome rara é abandonada pelo pai em ônibus no RS

Homem foi preso em flagrante; ele alegou falta de condições para criar a criança
Ataque israelense mata três soldados libaneses no sul do país

Ataque israelense mata três soldados libaneses no sul do país

Militares foram atingidos enquanto auxiliavam a retirada de civis de uma aldeia
Brasil Agora: Moradores de SP continuam sem luz após fortes chuvas

Brasil Agora: Moradores de SP continuam sem luz após fortes chuvas

Confira esse e outros destaques desta quinta-feira (24); assista no canal do site SBT News no YouTube
Polícia resgata mulher vítima de cárcere privado e estupro no DF

Polícia resgata mulher vítima de cárcere privado e estupro no DF

Vítima conheceu agressor há cerca de dois meses por meio de um aplicativo de relacionamento
Publicidade
Publicidade