São Paulo tem 192 casos de intoxicação por metanol em investigação; veja em quais cidades
Governo de SP atualiza balanço de intoxicação por metanol e detalha medidas de fiscalização, tratamento e investigação

Caroline Vale
O governo de São Paulo divulgou nesta segunda-feira (6), em coletiva do governador Tarcísio de Freitas, o balanço atualizado dos casos de intoxicação por metanol no estado. Até o momento, foram registrados 192 casos, sendo 14 confirmados e 178 em investigação.
Sobre os óbitos, duas mortes foram confirmadas por intoxicação e sete permanecem sob suspeita. Nos últimos dias, 15 casos foram descartados após análise clínica.
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Os municípios que registraram casos confirmados ou em investigação incluem:
- Araçatuba;
- Cajuru;
- Carapicuíba;
- Cubatão;
- Diadema;
- Embu das Artes;
- Embu-Guaçu;
- Ferraz de Vasconcelos;
- Guarulhos;
- Itapecerica da Serra;
- Itaquaquecetuba;
- Jacareí;
- Jundiaí;
- Limeira;
- Mauá;
- Osasco;
- Ribeirão Preto;
- Rio Claro;
- Santo André;
- Santos;
- São Bernardo do Campo;
- São José dos Campos;
- São Paulo;
- São Vicente;
- Taboão da Serra;
- Vinhedo.
Investigações
Também na coletiva, o secretário estadual da Segurança Pública, Guilherme Derrite, reafirmou que não há evidências de participação do crime organizado na adulteração de bebidas alcoólicas. Segundo ele, os casos envolvem locais distintos e não há ligação com facções como o PCC. “Nós poderíamos classificar como uma associação criminosa, mas é muito diferente de uma organização criminosa estruturada”, disse.
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O governador Tarcísio também anunciou medidas de combate à intoxicação, destacando duas linhas de investigação da Polícia Civil:
- Contaminação por metanol usado na limpeza de garrafas reaproveitadas;
- Uso de metanol para aumentar o volume de bebidas adulteradas.
Segundo Tarcísio, as operações da Vigilância Sanitária em bares e distribuidoras são o ponto de partida para a investigação, sendo que 11 estabelecimentos foram interditados cautelarmente até o momento. “Partimos do bar onde houve a contaminação, cruzamos a nota fiscal para verificar a origem da bebida, qual foi o distribuidor que vendeu, (...) e a gente bate para fazer a fiscalização”, explicou.
O governador reforçou a importância da suspensão preventiva da inscrição estadual de empresas suspeitas de comercializar produtos adulterados. Seis distribuidoras e dois bares tiveram as suas inscrições suspensas cautelarmente, segundo Tarcísio.
"Quem não conseguir comprovar da onde sua bebida está vindo, vai ter a inscrição estadual cassada. Ou seja, não vai conseguir operar", destacou.
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Além disso, anunciou a aquisição de 2.500 ampolas de álcool etílico para o tratamento de pacientes intoxicados, que serão distribuídas em 20 hospitais.