São Paulo chega a 23 casos confirmados de intoxicação por metanol; 148 seguem em investigação
152 casos já foram descartados após análises clínicas; governo cria protocolo inédito que agiliza identificação de bebidas contaminadas

Vicklin Moraes
O total de casos confirmados de intoxicação por metanol em São Paulo subiu para 23, segundo balanço divulgado nesta quinta-feira (9) pela Secretaria de Estado da Saúde (SES-SP). Outros 148 casos seguem em investigação, enquanto 152 já foram descartados após análises clínicas e epidemiológicas.
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Interdições e fiscalização
- Nesta quinta-feira (9), bebidas destiladas foram interditadas em uma adega clandestina em Diadema (ABC Paulista).
- Na capital, uma distribuidora sem licença foi totalmente interditada após fiscalização da Vigilância Sanitária Municipal, em parceria com a Sefaz e a Polícia Civil. O local apresentava condições sanitárias inadequadas e produtos armazenados a céu aberto.
- Até agora, 13 estabelecimentos foram interditados e 26 fiscalizados, por irregularidades fiscais e sanitárias.
- Desde 29 de setembro, já foram apreendidas mais de 18,9 mil garrafas, 100 mil insumos e 378 mil rótulos, com 45 pessoas presas
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Protocolo inédito de detecção de metanol
O governo de São Paulo criou um protocolo inédito no Brasil para identificar a presença de metanol em bebidas alcoólicas, que já está sendo repassado para outros estados.
Etapas do protocolo:
- Amostragem estatística: permite testar apenas uma parte das garrafas apreendidas, garantindo 99% de confiabilidade, otimizando logística da Polícia Civil e da perícia.
- Análise documental: realizada pelo Núcleo de Documentoscopia, que verifica lacres, selos, embalagens e rótulos, com emissão de laudo em menos de um dia, antes do envio ao Núcleo de Química.
Até o momento, 30 casos já foram analisados com o novo sistema. Mesmo sem o laudo completo, os peritos conseguem orientar ações preventivas em relação aos casos com níveis de metanol tóxicos para humanos.