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Brasil

Região Sul é a mais afetada por tarifaço imposto pelos EUA

Apenas 4% das exportações do Sul escaparam da nova taxação de Donald Trump

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A nova tarifa imposta pelos Estados Unidos atinge duramente a região Sul do Brasil. De acordo com levantamento da Fundação Getúlio Vargas (FGV), apenas 4% do valor total exportado por Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul ficará isento da taxação de 50% que começa a vigorar em 1º de agosto.

Juntos, os três estados exportam mais de 5 bilhões de dólares aos EUA. Santa Catarina lidera em impacto: 99,3% de seus produtos serão taxados. No Paraná, 97,3% das exportações serão atingidas, e no Rio Grande do Sul, 91,8%.

Segundo o pesquisador Flávio Ataliba, do Instituto Brasileiro de Economia da FGV, apesar de o Sul ter exposição menor do que o Sudeste, sofre mais que o Nordeste e apresenta uma estrutura produtiva com mão de obra qualificada e produtos de maior valor agregado. A distribuição das isenções foi desigual no país. O Centro-Oeste teve 34% das exportações isentas; o Nordeste, 30,3%. Mesmo assim, os efeitos serão sentidos.

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“O Ceará exporta 44% para os Estados Unidos, no setor metalúrgico, setor de pesca. Então, isso vai ser afetado, sim. Nós temos aqui na Paraíba o setor de couro e calçados, setor de alimentos. O Nordeste, mais uma vez, está sendo alvo de uma política que não é boa para a região”, disse Cassiano Pereira, da Federação das Indústrias da Paraíba.

A Associação Brasileira das Indústrias Pesqueiras estima que até 35 empresas e 20 mil trabalhadores correm risco de demissão ou paralisação das atividades em todo o país.

No Rio Grande do Sul, o setor de calçados é um dos mais afetados. A indústria gaúcha é a segunda maior produtora e a principal exportadora de sapatos do país, com linhas exclusivas para o mercado americano.

“Um tarifaço como esse pode desempregar até 8 mil pessoas diretamente. Se considerar toda a cadeia, esse número pode triplicar”, alerta Haroldo Ferreira, presidente da Abicalçados'.

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