Professores de ensino básico e técnico de instituições federais aceitam acordo e anunciam fim da greve
Propostas de reajuste para as duas categorias foram aprovadas por 89 votos a 15
Após dois meses de paralisação, professores da rede federal de ensino básico e técnico aceitaram, neste sábado (22), uma proposta de reajuste salarial e suspenderam a greve nacional nos Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia (IFs).
O fim da paralisação também foi aprovado pelos técnicos-administrativos que integram os IFs e outras unidades de ensino básico, técnico e tecnológico mantidas pelo governo federal.
A decisão foi tomada em uma plenária do Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe). Segundo a entidade, as propostas de reajuste para as duas categorias foram aprovadas por 89 votos a 15.
"O Sinasefe informou que a greve dos professores e dos técnicos será suspensa logo após a assinatura dos acordos junto ao Ministério da Gestão e Inovação. A expectativa é que isso ocorra nesta quarta-feira (26)”, diz a nota divulgada pelo sindicato.
O reajuste para os técnicos será de 9% em janeiro de 2025 e 5% em abril de 2026. Para os docentes, o acordo prevê reajustes também para o ano que vem e 2026 com percentuais diferentes para cada classe profissional.
Em assembleia, ficou decidido que a greve será suspensa logo após a assinatura dos acordos junto ao Ministério da Gestão e Inovação, mas até o momento não tem data ainda para essa assinatura.
De acordo com o Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica, além do reajuste salarial, o governo se comprometeu a melhorar remunerações por progressão de carreira e revogar portaria que eleva a carga horária dos professores.
Fim da greve no ensino superior
Neste domingo (23), professores das universidades federais também encerrar a greve nacional após 69 dias. De acordo com o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes), a maioria das instituições filiadas optaram por retomar as atividades. Foram 33 votos a favor do encerramento da greve e 22 contrários.
A decisão ocorre apesar do governo federal não ter proposto reajuste para a categoria ainda este ano. O retorno às aulas dependerá de decisão interna de cada instituição.