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Produtividade da indústria cai apesar do número maior de trabalhadores

Indústria acumula cinco anos de queda na produtividade, revela CNI

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CNI aponta que o Brasil ocupa último lugar no ranking de competitividade industrial | Reprodução

Pelo quinto ano consecutivo, a produtividade da indústria de transformação registrou queda, com um recuo de 0,8% em 2024. O intrigante é que, apesar de um aumento de 4,5% nas horas trabalhadas, o volume produzido cresceu apenas 3,7%, indicando uma perda de eficiência no setor.

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Os dados da Confederação Nacional da Indústria (CNI) revelam um acumulado de queda de 9% na produtividade desde 2019.

A pesquisa da CNI detalha que, em 2024, a demanda por produtos industrializados cresceu, o que naturalmente levou a um aumento das horas trabalhadas com a admissão de novos operários na produção.

No entanto, esse esforço maior não se traduziu em um crescimento proporcional na quantidade de bens fabricados. Curiosamente, o descompasso entre horas trabalhadas e produção diminuiu ao longo de 2024, e a produtividade até mostrou um leve respiro positivo nos dois últimos trimestres, com um aumento de 1,4% na produtividade por trabalhador (volume produzido dividido pelo número de trabalhadores).

Esse cenário contrasta com as perdas registradas nos anos anteriores. Em 2022, houve queda na produção (-0,4%), acompanhada de um crescimento de 2,5% nas horas trabalhadas.

Já em 2023, a queda na produção foi mais acentuada (-1,1%) do que a redução nas horas trabalhadas (-0,8%). Contudo, segundo a CNI a perspectiva para 2025 pode ser ameaçada pelo aumento das taxas de juros, o que pode frear novamente o ritmo dos investimentos e, consequentemente, a recuperação da produtividade industrial.

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