"Não há liberdade verdadeira fora do regime democrático", afirma Rodrigo Pacheco
Ausente de evento que marca os dois anos dos atos do 8 de janeiro, presidente do Congresso Nacional se manifestou por nota enviada à imprensa
Warley Júnior
O presidente do Congresso Nacional, o senador Rodrigo Pacheco, não compareceu ao evento que marca os dois anos dos atos do 8 de janeiro, realizado nesta quarta-feira (8) no Palácio do Planalto.
Ausente da cerimônia, Pacheco se manifestou por meio de nota à imprensa. Por meio do comunicado oficial, ele destacou a importância da liberdade democrática. Pacheco diz que o país reafirma, nesta data, preceitos fundamentais que forjaram a sociedade brasileira, com destaque para a liberdade como um pilar indispensável.
“E não há liberdade verdadeira, responsável e plena fora do regime democrático. Por isso, toda ação em defesa da democracia deve ser destacada, assim como realizamos, no ano passado, o ato ‘Democracia Inabalada’, no Congresso Nacional”, ressaltou.
Ele também parabenizou o governo federal e instituições envolvidas em cerimônias que marcam o dia de vigília pela democracia, que ele considera ser o regime “mais justo e equânime na representatividade popular e social”.
Representação e vaia
Quem também não compareceu na cerimônia oficial no Palácio do Planalto foi o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL). O evento contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ministros de Estado, governadores, ministros de tribunais superiores, representantes das Forças Armadas. Lira foi representado pela segunda-secretária da mesa diretora, a deputada Maria do Rosário (PT-RS), que justificou a ausência de Lira por “questões pessoais”. Durante a explicação da deputada, Lira foi alvo de leves vaias do público presente.
A cerimônia
O evento teve como objetivo lembrar os atos golpistas de 8 de janeiro de 2023 e reforçar o compromisso do país com a democracia. Dividida em quatro partes, a cerimônia começou às 9h30 com um ato de reintegração ao acervo presidencial de 21 obras de arte restauradas.
Entre os itens recuperados está um relógio do século 17 trazido por Dom João VI ao Brasil. As obras, alvos de vandalismo durante os ataques de dois anos atrás, foram cuidadosamente restauradas, simbolizando a recuperação não apenas dos bens materiais, mas também dos valores democráticos.