Jovem baleada por agente da PRF tem melhora e escreve bilhete: "Quero justiça"
Juliana Rangel, de 26 anos, levou um tiro na cabeça na véspera do Natal
Vicklin Moraes
com SBT Rio
Juliana Rangel, de 26 anos, baleada na cabeça durante abordagem da Polícia Rodoviária Federal (PRF) na BR-040 na véspera de Natal, já consegue se comunicar com a família por bilhetes. Em foto enviada pelo pai da vítima, uma mensagem escrita nesta quinta-feira (16) diz: “Quero justiça. Só Deus e eu sabemos o que estou passando”.
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Segundo o boletim médico divulgado pela direção do Hospital Adão Pereira Nunes, no Rio de Janeiro, ela apresenta um bom estado geral e responde bem ao tratamento. Ainda respirando por meio de traqueostomia, a jovem teve que voltar à ventilação mecânica no início do mês. Ela está realizando fisioterapia motora e respiratória. Não há previsão de alta do Centro de Terapia Intensiva (CTI). A evolução tem sido comemorada pelos pais de Juliana.
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Relembre o caso
Juliana foi baleada na cabeça quando passava com a família de carro pela Rodovia Washington Luís, por volta das 21h do dia 24 de dezembro. No carro, ainda estavam o pai dela, Alexandre Rangel – que também foi atingido na mão –, a mãe, Dayse Rangel, o irmão Daniel, de 17 anos, e a namorada dele.
Eles saíram do município vizinho de Belford Roxo e estavam a caminho de Niterói, na Região Metropolitana do Rio, para comemorar o Natal com parentes. Segundo o pai da jovem, que dirigia o veículo, assim que ele percebeu a aproximação rápida de uma viatura da PRF com a sirene ligada, deu seta para encostar o carro. Nesse momento, os agentes dispararam várias vezes contra a família.
Foram mais de 30 disparos, segundo testemunhas. Em determinado momento, ainda de acordo com a vítima, um dos policiais admitiu o erro na abordagem para um colega. Os policiais envolvidos na abordagem foram afastados dos cargos preventivamente. A Corregedoria da PRF apura a conduta dos agentes.